A política é uma madrasta que costuma castigar os que nela militam. Dando um pulo no passado, vamos ver um MDB pujante, com todos os prefeitos, o governador, a maioria dos deputados federais e estaduais no seu bornal. Casava e batizava sem pedir licença ao Padre. Hoje, o MDB é um esbirro político do que foi outrora. Afundou. E fracassou em todas as tentativas de voltar ao poder. Entrou em cena o PT, como a grande novidade da política acreana e dominou o Acre por 20 anos. Não se renovou nos seus métodos, no discurso do quem fica comigo é do bem, e quem está contra é do mal. Foi destronado.
Nem vereador na capital tem. As lideranças do MDB e do PT no seu auge eram vistas com total simpatia pela população. Não se diferenciavam em nada, da grande aceitação popular, que tem hoje o governador Gladson Cameli. Faço todo o preâmbulo para mostrar ao grupo do PP que governa o estado que, o poder não é eterno, tem os seus ciclos, e que o navio que navega hoje, pode ir para o fundo, amanhã. Como foram o MDB e o PT. O PP pode ser no futuro o MDB e o PT de ontem. Já dizia o ex-prefeito de Plácido de Castro, Luiz Pereira de Lima, saudoso filósofo popular do Abunã, igarapé Rapirã e cercanias: “A política é dinâmica”. Traduzindo para o popular: No poder, dorme-se nele e acorda-se fora dele. Eternos, só os diamantes.
ME RESERVO AO DIREITO
Desde o governo Nabor Junior – e lá se vão décadas – é que vejo se cantar em prosa e verso que a estrada para o Pacífico mudaria a economia acreana. A estrada veio e o Acre continua tão miserável economicamente como antes. Por isso, me reservo ao direito de não crer, nessa nova onda de discursos do empresariado acreano, que a estrada para o Pacífico é a salvação do Acre.
NOVO NA POLÍTICA
O principal argumento do grupo da prefeita Fernanda Hassem em trabalhar o nome da Suly Guimarães, para ser candidata a prefeita, é o do novo na política. Já vi um candidato começando do zero (Marcus Alexandre é um exemplo), ganhar uma eleição para a prefeitura da capital.
MARCADO PELA COERÊNCIA
A deputada federal Socorro Neri (PP) tem marcado o seu mandato pela coerência, sem ser ranheta ou radical quando vota matérias que entram na pauta. Não é novidade alguma essa sua conduta no parlamento. Desde de quando foi prefeita, o seu perfil, sempre foi o de uma política séria.
DE CALADOS, VIRARAM VALENTES
Quando o Gladson aumentou o número de secretarias e cargos de confiança, não se viu por parte dos atuais deputados federais que na época estavam no parlamento estadual ou servindo ao governo em outras áreas, um pio de protesto. De uma hora para a outra viraram valentes e defensores (sic) da coisa pública, ao votar contra um projeto que criou novos ministérios no governo do Lula. No mínimo foram incoerentes com dois pesos e uma medida. Estão corretos o senador Márcio Bittar (UB), Socorro Neri (PP) e Zezinho Barbary (PP), que votaram a favor do projeto.
RACIOCÍNIO MUITO SIMPLES
Na iniciativa privada, quem define numa empresa quantos cargos deve ter, é o empresário. No governo estadual, na prefeitura e no governo federal quem define o tamanho da máquina com a qual vai governar, é quem está no poder. No caso do governo federal, não é o deputado federal que tem de dizer quantos ministérios o governo Lula vai ter. A carroça não pode puxar os bois. Se assim for, coloca-se os deputados na cadeira de presidente. Uma coisa é votar contra por ser uma pauta ideológica, a outra é votar contra por pura birra ou por fazer oposição por oposição. Cada qual no seu quadrado. Já diz a célebre frase: “Aos vencedores, as batatas”.
FOI UM DESASTRE
Colocar o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro no colo e dar mamadeira, foi um desastre para o Lula. Apanhou mais que couro de fazer tabaco. A pior emenda que o soneto foi tentar transformar um sanguinário ditador num democrata.
TODOS CALADOS
No governo do maluco Jair Bolsonaro, quando um jornalista era destratado e agredido verbalmente, era uma enxurrada de protestos dos petistas. Quando a jornalista Delis Ortiz levou um soco de um dos seguranças do Maduro, não houve a mesma manifestação de repúdio, nem por parte do Lula e nem da Janja, que é mulher e deveria ter levantado a voz.
PARAÍSO DAS CARONAS
Não faltou com a verdade o presidente da FIEAC, José Adriano, ao falar que, o governo acreano virou o paraíso das caronas e os processos licitatórios foram jogados na gaveta. E quem ganha com a prática são somente as empresas de fora. As locais, essas chupam os dedos. Certo o Adriano.
NÃO GANHOU NADA
Peru é quem morre de véspera, diz o ditado. Estamos muito longe da eleição para ficarem tratando o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, como se tivesse ganhado a eleição para a prefeitura da capital.
NÃO É MAIS O “MENINO DO PT”
O Jorge Viana não é mais aquele “menino do PT”, que reunia multidões, dava autógrafo, era paparicado pela juventude. O “Menino” envelheceu, o eleitorado jovem não conhece suas obras, que o marcaram positivamente como governador e prefeito. Por isso, é bom o JV descer do salto alto do cargo que ocupa, e passe a discutir na aldeia, ser pop em hotéis 5 Estrelas pelo mundo não rende votos. É bom ir avaliando isso se quiser mirar com sucesso a disputa do governo em 2026.
UM DIREITO
Nada impede que a vice-governadora Mailza Assis foque o seu trabalho em melhorar o seu perfil popular, para disputar o governo em 2026. Se ela vai conseguir o intento, neste caso a resposta fica com o eleitor.
NÃO CONSEGUIRAM DECOLAR
Muitos dos deputados estaduais novatos não conseguiram decolar os seus mandatos. Alguns acham que o microfone da tribuna da ALEAC dá choque. E outros levantam temas que não geram polêmicas, e por isso ficam fora da mídia. Salvam-se poucos dos parlamentares novatos. Como se está no começo pode ser que passem a ser mais ativos na tribuna da ALEAC nos debates com a oposição solitária.
BOM TRIBUNO
Quem tem se revelado um bom tribuno é o deputado Afonso Fernandes (PL). Faz discursos centrados e sem histeria.
NÃO QUER CONVERSA
A vereadora Lene Petecão (PSD) reclama que não é prestigiada pelo prefeito Tião Bocalom. Esqueceu que o seu grupo político está rompido com o Boca?
NÃO ESTÁ RESOLVIDO
A PF está ativa no caso da Operação Ptolomeu, esse seu pedido de renovação das medidas cautelares, é uma prova de que o caso pode ter novos desdobramentos.
FRASE MARCANTE
“Se você vai passar pelo inferno, não pare de andar”. Winston Churchill.
