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Crise migratória: pai de filha deficiente, domador de cavalos procura emprego há 3 anos no Acre

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Enquanto o governo do estado considera uma nova crise migratória como “possível”, o venezuelano José Montalvo, de 30 anos, é um dos vários pais de família que saíram, junto de suas famílias, da Venezuela para buscar no Acre a fuga da miséria, mas acabaram encontrando no Brasil mais dificuldades.


Segundo José Montalvo, há três anos e meio ele e a família deixaram a Venezuela sob forte opressão do regime ditador de Nicolás Maduro e debaixo de uma crise humanitária que ainda assola milhões de pessoas. No Acre, acreditava que conseguiria emprego, estabilidade financeira, e condições para dar à família uma vida digna, o que nunca aconteceu.


O homem, que afirma ter larga experiência com trabalho em fazendas, desde a roçagem à domação de cavalos, nunca conseguiu emprego e hoje vive de pedidos em semáforos e do Bolsa Família. “Eu sei fazer tudo em uma fazenda de grande ou pequeno porte, o que não souber estou disposto a aprender”, afirmou.

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Foto: José e a filha mais velha, que tem problema mental, pedem ajuda em semáforo – Whidy Melo/ac24horas

Dívidas

Com sonho de ter um teto sobre si, a família Motalvo adquiriu um terreno no ramal do Luís Pedro, nas proximidades do antigo balneário Top 15 – na estrada AC-040 em direção a Senador Guiomard, mas acabou não conseguindo quitar as parcelas e agora conta com a compreensão do vendedor: “ou eu pago, ou como”, explica José. No terreno ainda não há nada: “estou tentando comprar algumas madeiras usadas por R$ 900, mas não consegui pagar”, disse. A família mora numa pequena casa alugada, que também está com o aluguel pendente.


Família

Além da esposa Maryuri, José carrega consigo uma filha de 17 anos, com problemas mentais, três filhas de 10, 7 e 5 anos, e um menino de 11. As crianças acompanham os pais pedindo dinheiro e fralda para filha maior, no semáforo na Estrada da Usina com a rua do Aviário, no bairro Cerâmica, em Rio Branco.


Foto: meninas de 7 e 5 anos acompanham o pai enquanto ele pede dinheiro no semáforo – Whidy Melo/ac24horas

No momento da reportagem, a mãe e o menino de 11 anos perambulavam em busca de tábuas para levar ao terreno.


Crise migratória no Acre tende a aumentar

O Governo do Acre pediu, no início de maio, ajuda à União, por meio da Casa Civil, para uma possível nova onda migratória em seu território a partir das medidas tomadas pelo governo peruano que baixou decreto de estado de emergência e mobilizou as forças armadas em suas fronteiras por conta da forte crise política que o país enfrenta, com consequências na área econômica.


Como ajudar?

Mais do que doações, José explica que busca para ele a esposa uma oportunidade de emprego.


Telefone para contato: 68 99926-3607 e o seu PIX: 68 99613-0799 – Maryuri Adreina Arroyo Castilho (esposa)


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