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Só a vitória interessa a Gladson

A chapa Marcus Alexandre/Alysson Bestene é algo, de fato, improvável? Pela lógica, sim. Mas se o leitor estiver pensando que a inviabilidade dessa ideia está pautada no fato de Marcus ter DNA petista, é bom rever o argumento. Isso não é impeditivo para Gladson Cameli, o homem que define para qual naipe a batuta é apontada. O que talvez tenha força para derrubar essa imbatível união seja a inimaginável composição Alysson Bestene/Marcus Alexandre. Aí, sim… isso seria um devaneio. Gladson precisa liderar o processo. E precisa ser vitorioso.


O que ainda é difícil a muitos é a compreensão de que para Gladson Cameli pertencer a este ou aquele partido não é condição fundamental para entrar ou sair de um projeto. O governador, ao menos até o momento, tem demonstrado valorizar pouco as siglas partidárias para tomar decisões. Se partidos fossem um imperativo, ele teria dificilmente pagado na munheca de Socorro Neri e apontado a professora como sua candidata à reeleição à Prefeitura de Rio Branco.


É verdade que hoje, a cena é diferente. O companheiro de partido de Gladson e candidato à reeleição, Tião Bocalom, é um personagem que dificilmente Cameli imitaria o gesto que fez com Socorro Neri. Não há clima para isto no Progressista, sem contar a impopularidade do prefeito e a baixa adesão na classe política.


Aliás, se há um partido com lideranças políticas pouco expressivas no Acre, esse partido é o Progressistas. Mailza, Alysson, Bestene (o José)? O que há de popular no Progressistas? Quem come bolacha Miragina com banana no Progressistas sem fazer careta e sem “ingúiar”? Quem come farofa de conserva com macarrão sem reclamar de azia depois?


Gladson Cameli sabe que não pode errar. Quem ele escolher terá que vencer. É uma condição primeira para pavimentação de um cenário menos desafinado para 2026 quando ele próprio, Cameli, voltará ao pleito.


Um raciocínio possível é construir cenários por exclusão. Ter como aliado Petecão ou Marcio Bittar, por exemplo? Essa dúvida é fácil de sanar. Cameli não tolera Bittar. A postura belicosa do senador do União Brasil; os achaques raivosos de ideias liberais ainda tão distantes do próprio Brasil e quem dirá do Acre; a defesa intransigente do ex-presidente Bolsonaro, que se desmancha e diminui a cada novo celular desvendado; a percepção de Bittar sobre o próprio governo de Gladson… tudo isso afasta.


Já Petecão… Tudo no dono do PSD do Acre depende de uma boa conversa. Há ranhuras a serem aparadas entre Gladson e Petecão? Não tenha dúvidas. O homem que “só sabe vender gasolina” foi um dos mais ferrenhos críticos de Gladson no processo da Operação Ptolomeu. Bateu duro na tribuna do Senado. Isso é difícil de esquecer. Mas em ambiente de campanha, até o diabo senta para conversar.


O momento é de análise e de muito cálculo. A neutralidade é uma hipótese que não deveria ser defendida nem pelo assessor mais cuidadoso. A escolha de Gladson Cameli precisa ser infalível.


Com um agravante: as ações do Governo Federal aqui no Acre terão digitais muito disputadas nos próximos quatro anos. Nessa briga, Cameli tem pouco espaço. Atualmente, esse ritmo está sendo ditado pelo presidente da Apex, Jorge Viana, e pelo coordenador da bancada federal, senador Alan Rick (União Brasil/AC). Claro que tudo isso pode ser revisto se a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, decidir mudar o rumo da história. A conferir.


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