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O vácuo não ocupado deixado no MDB pelo Nabor Júnior

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

O MDB já foi o que se pode chamar de o dono político do Acre. Chegou a ter todos os prefeitos. O partido nunca foi hegemônico, tinha seus grupos. A lembrar: grupo do Geraldo Fleming; grupo do Ruy Lino; grupo do Edson Cadaxo; grupo do Aluízio Bezerra; grupo dos Melos; Tendência Popular, entre outros. Mas numa eleição se juntavam todos. O candidato escolhido tinha o apoio geral do partido. Falo do antigo MDB, não do atual. Mas tinha um nome que funcionava como voto de Minerva nas questões polêmicas, o Nabor Junior, que foi deputado estadual, deputado federal, senador e governador.


O Nabor, aparentava ser uma figura frágil, mas por trás da sua estatura pequena se escondia um gigante sábio. Sempre tinha uma palavra que conseguia juntar todas as correntes emedebistas, sem defecções. O que tornava a voz do Nabor como decisiva era que ele não integrava nenhum dos grupos antagônicos do partido. Isso o deixava como um conselheiro respeitável. Nabor Junior deixou a política depois de uma das campanhas mais sujas desencadeadas no Acre, tendo como cabeça do massacre moral que fizeram contra ele na campanha em que foi derrotado para o Senado, o PT. Ainda está por existir no Acre uma campanha mais suja. Até no seu embarque para Brasília foi humilhado e achincalhado pelos petistas no aeroporto. Mas todos eram pequenos perto da estatura moral do Nabor. Deixou a política por cima e será sempre lembrado, como exemplo de que se pode ser um político com honra.


Nabor Telles da Rocha Junior, ou o “Jôjo”, como era carinhosamente tratado pela população de Tarauacá, marcou uma época em que a política era mais honesta e mais romântica. É bom sempre se lembrar daqueles que um dia deram a sua contribuição moral à política acreana. Nabor está no panteão mais alto da geração política antiga e da atual.


ADORA UM DITADOR


O Lula adora um Ditador. É só ver suas amistosas e carinhosas relações com o Maduro da Venezuela e o Ortega da Nicarágua. Ao se dedicar mais à política externa, é que o seu governo vem sofrendo derrotas no Congresso e não conseguiu formar uma forte base de apoio parlamentar. num parlamento dominado por radicais de direita.


OUTRO CENÁRIO


Nos dois primeiros governos do Lula ele tinha o domínio do Congresso e aprovava o que queria. Neste terceiro mandato a maioria dos eleitos são da direita e da extrema direita, o que deixa o governo sem força no parlamento, onde para aprovar projetos polêmicos terá que abrir o cofre e distribuir emendas e mimos de cargos, sem o que continuará com sérias dificuldades políticas. Mas, o Lula tem se dedicado mais a viajar para o exterior. São críticas que leio feitas pelos aliados do próprio Lula.


TEM QUE SER REGISTRADO


A recuperação paliativa que vai acontecer na BR-364, no trecho para Cruzeiro do Sul, é determinação do Lula e no governo do Lula. Isso tem que ficar claro. E ninguém fala que o Bolsonaro não liberou um quilo de brita ou asfalto para recuperar o trecho. Estes dois pontos devem ser destacados. Não há como ficarem fora de qualquer comentário sobre a obra.


SALVO PELA SIMPATIA


O governo anterior se salvou pelo bom combate, dentro da ciência, à Covid-19. O segundo mandato se iniciou e não se conhece uma obra de relevância no governo do Gladson Cameli. Se salva apenas pela simpatia. Simpatia não é obra, mas um atributo pessoal.


QUE NÃO VOLTE SER CAMPO DE PELADEIROS


Uma boa notícia trouxe o subsecretário de Esportes, Carlão Gouveia, de que o Arena da Floresta estará recuperado em 60 dias. Tão importante que isso é não deixar o estádio virar local novamente sede de campeonato de peladeiros e de peladas, mas palco de grandes espetáculos de futebol.


ALIADO PRINCIPAL


Na campanha de reeleição do prefeito Tião Bocalom poderemos ver no seu palanque dois críticos ferozes do governo do Gladson, o senador Márcio Bittar (UB) e a ex-deputada federal Mara Rocha (MDB). Bittar é hoje o aliado principal do Bocalom.


NUNCA FOI IDEOLÓGICA


Quando estava no poder o PT lotava ginásios cobertos nas suas convenções. Na mais recente eleição do Daniel Zen para a presidente, os presentes eram contados nos dedos. Tem uma explicação, além da perda do poder: a Frente Popular do Acre nunca foi movida por uma ideologia, mas por cargos. Acabaram os cargos, e os partidos em sua maioria pularam na canoa do governo Gladson.


VÉU DA HUMILDADE


Pelo que se viu nas falas do presidente do PT, Daniel Zen; e do ex-senador Jorge Viana (PT), ambos se cobriram com o véu da humildade ao reconhecer que o PT não é protagonista político em nada no Estado. E que, vai demorar para novamente ser. Já é um avanço.


FOI DISCUTIDO


Não quiseram falar. Mas a conversa semana passada entre o deputado Nicolau Junior (PP) e a vice-prefeita Marfisa Galvão (PSD), girou sim em torno da ida dela para uma secretaria no governo. A desculpa dada ao encontro foi a mais esfarrapada possível: “Uma visita de cortesia”.


SEM UM NOME


O prefeito de Xapuri, Bira, terá dificuldade de fazer o seu sucessor. No PT do município não tem um nome da sua densidade eleitoral. E a oposição terá dois candidatos fortes: o nome a ser lançado pelo deputado Manoel Moraes (PP), e o ex-deputado Antônio Pedro (UB).


PERDER TODAS


O PT tinha da última eleição municipal quatro prefeitos. Fernanda Hassem, em Brasiléia; Jerry Correia, em Assis Brasil; Isaac Lima, em Mâncio Lima; e Bira, em Xapuri. Só não foi abandonado pelo Bira. A tendência é que na eleição do próximo ano não consiga eleger prefeitos em nenhum desses municípios.


NÃO FOI POR FALTA DE GRANA


O PSDB, que foi reduzido no Acre a um partido nanico, se não fez um deputado federal não foi por falta de recursos para a campanha. Os candidatos da chapa tiveram acima de 1 milhão de reais. Alguns até 2 milhões. Se não se elegeram, foi na verdade por serem ruins de votos.


UM POUCO DE INTELIGÊNCIA


Se a oposição em Epitaciolândia tiver um pouco inteligência pode derrotar o prefeito Sérgio Lopes, lançando apenas um nome para a disputa, porque neste caso a eleição viraria um plebiscito. Se insistirem em várias candidaturas farão o jogo do prefeito, que neste caso tem chance de ser reeleito.


PRÉ-CAMPANHA PROFISSIONAL


Para ter chance de chegar no próximo com o seu nome projetado no meio da população para prefeito da capital, o secretário Alysson Bestene (PP) tem que fazer uma pré-campanha profissional. O Marcus Alexandre e o Tião Bocalom já estão com os nomes projetados; um por ser prefeito por dois mandatos, e o outro por ser o atual prefeito.


VAI PARA O DESAFIO


A informação de que o deputado Nicolau Junior (PP) vai trabalhar para viabilizar o seu nome para a disputa do governo, que cheguei a publicar neste espaço, é verdadeira. O governador Gladson o autorizou a buscar a viabilização da sua candidatura ao governo em 2026.


MEDIDA ACERTADA


O mal se corta pela raiz. Ao proibir a escola João Calvino de participar dos jogos escolares por suposta prática de racismo, foi uma medida acertada do secretário de Educação, Aberson Carvalho. Não se pode contemporizar com qualquer prática de racismo.


NENHUMA CONVERSA


A fonte é confiável. Não aconteceu até o momento nenhuma conversa política entre o governador Gladson e o senador Sérgio Petecão (PSD). Tudo o que rolou até agora deve ser debitado na conta das naturais especulações políticas. Muito menos a Marfisa Galvão foi chamada para ocupar uma secretaria no estado.


CORRIDA PARA EXPLICAR


Após o encontro de ontem entre o governador Gladson Cameli e o prefeito Tião Bocalom, uma alta fonte do governo se apressou para ligar e dizer que o que houve foi um acordo de cooperação técnica, e não tem nada a ver com aliança política para a eleição municipal. É que o candidato palaciano à PMRB é o Alysson Bestene. Feito o registro.


VOLUME GRANDE


Tem chegado ultimamente ao BLOG um volume grande de informações da SECOM do governo sobre as ações estaduais, o que não acontecia anteriormente. Falha que foi corrigida.


NÃO PODE FICAR DE FORA


Quem não vai poder ficar de fora das discussões sobre a eleição municipal de Cruzeiro do Sul é o deputado Clodoaldo Rodrigues (REPUBLICANOS), afinal, foi o parlamentar mais votado do município.


FRASE MARCANTE


“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. Vinicius de Moraes.


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Luis Carlos Moreira Jorge

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