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Mensagem recebida foi estopim para homem matar esposa com dois tiros

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Um dos estados campeões de feminicídio no Brasil, o Acre novamente se depara com um chocante crime dessa natureza praticado contra uma mãe que, indefesa, dormia ao lado de duas filhas pequenas, uma de quatro e outra de sete anos. O novo capítulo dessa mazela social que afeta a sociedade acreana aconteceu na madrugada do último sábado, 27, na região da Baixada, em Rio Branco.


Informações do inquérito policial instaurado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (DEAM) a que o ac24horas teve acesso detalham as circunstâncias do bárbaro crime cometido pelo peão de fazendas Gabriel Lima de Almeida, de 25 anos, contra Luzivania Araújo Freitas, de 26 anos. O acusado era marido da mulher e não aceitava a iniciativa dela em não mais viver com ele.

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Em seu depoimento à polícia, Gabriel declarou que uma mensagem recebida pelo Facebook dando conta de que ele estava sendo traído pela mulher foi o estopim para a decisão que tomou de matar a esposa. Ele conta que recebeu essa informação cerca de uma semana antes dos fatos se consumarem, tendo feito um print da mensagem e enviado a Luzivania, que inicialmente teria negado e, depois, admitido a suposta traição.


Gabriel disse no depoimento que o crime aconteceu após uma conversa que teve com Luzivania a respeito da citada traição, tendo ela nessa ocasião mais uma vez confirmado ter sido infiel ao acusado. Diante disso, ele relata que levantou da cama, bebeu água e foi ao banheiro, depois de quando retornou ao quarto e chamou pela vítima que já dormia ao lado das duas crianças. Ela foi baleada logo após responder “oi” ao marido.


O acusado ainda detalha que atirou duas vezes contra o rosto da mulher e que mesmo com os disparos as duas filhas continuaram dormindo ao lado da mãe. De acordo com ele, tinha plena convicção de que mataria apenas a mulher e não as crianças, pois era dono de aptidão com armas por fazer uso delas desde os 12 anos. Apenas a criança mais nova é filha de Gabriel, sendo a outra de um relacionamento anterior de Luzivania.


A mãe de Luzivania, Maria da Liberdade Félix de Araújo, disse em seu depoimento que Gabriel era usuário de drogas e que a vítima trabalhava tanto para sustentar ele como as filhas. Ela afirmou que viu o genro com a arma na cintura no último dia 24 de maio, três dias antes do crime e que teria se dirigido à Delegacia da Mulher para denunciá-lo tendo desistido de fazer o registro a pedido do próprio Gabriel.


Preso após se apresentar no 1º Batalhão da Polícia cerca de 10 minutos após cometer o crime, Gabriel teve a sua prisão em flagrante convertida em preventiva ainda neste sábado, 27, pelo juiz Manoel Simões Pedroga, da Vara de Plantões da Comarca de Rio Branco. Indiciado pelo crime de feminicídio (art. 121 §2º inc. VI do CP), ele está recolhido no presídio estadual Dr. Francisco de Oliveira Conde à disposição da Justiça.


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