A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) quer que o pacote de subsídios ao setor de carros zero km também atenda ao mercado de usados e seminovos. É importante que essas medidas, favorecendo a indústria, e consequentemente, o mercado de veículos zero km, sejam acompanhadas por um olhar do Governo Federal também para o segmento de revendedores de veículos seminovos e usados, já que a questão não é apenas auxiliar a indústria (que hoje apresenta uma capacidade ociosa de produção), suas concessionárias e o consumidor final”, diz a Federação.
Assim Fenauto declara pleitear e almejar alguns movimentos do Governo Federal que favoreçam, também, o mercado de seminovos e usados, já que se deve vislumbrar a cadeia automotiva como um todo. A entidade ressalta que, independentemente desse pleito, continua aplaudindo movimentos que favoreçam o setor automotivo
Outro ponto importante a ser notado, diz a Fenauto, é o impacto que essas medidas terão sobre o segmento de veículos seminovos e usados. Deve-se deixar claro (especialmente aos consumidores finais), que não será de imediato que os veículos beneficiados com essas medidas estarão disponíveis para a aquisição com descontos, já que tais medidas ainda serão avaliadas pelo Governo Federal, além do prazo natural que a indústria precisa para se adequar às novas condições anunciadas.
A Federação sabe que os impactos virão, basicamente, para veículos que reúnem uma série de condições como preço abaixo de R$ 120 mil, maior eficiência energética, menor nível de emissões e consumo e veículos com maior percentual de componentes fabricados no Brasil entre outras. Com isso, é natural que os veículos zero km dessas categorias, em um primeiro instante, concorram de forma mais acirrada com os seminovos e usados.
A Fenauto reforça que, a longo prazo, muito mais veículos estarão disponíveis para serem comercializados como seminovos, porque quanto mais veículos zero km forem colocados no mercado, maior será a oferta de seminovos, sendo melhor para o segmento no futuro. Dessa forma, o ciclo da cadeia automotiva é alimentado, gerando sinergia para toda a cadeia.
A Federação entende que as montadoras e a indústria nacional (que ainda se encontra bem defasada em relação a de outros países), necessitam sim de incentivos, mas que não devem ser as únicas beneficiadas.
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