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Com ameaça de nova crise migratória, Acre tem 47,5% dos pedidos de refúgio

Imigrantes na Ponte Internacional fronteira Acre e Peru - Foto: Kennedy Santos
Foto: Diego Gurgel/Secom
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Em meio ao temor de nova crise humanitária devido à possível intensificação da onda migratória no Acre -mais precisamente na cidade de Assis Brasil, fronteira com o Peru (leia aqui: https://ac24horas.com/2023/05/12/acre-preve-nova-crise-migratoria-no-estado-e-antecipa-pedido-de-apoio-ao-governo-federal/) – o relatório Refúgio em Números 2022, do Observatório das Migrações Internacionais do Ministério da Justiça e3 Segurança Pública mostra que quando se analisam os Estados de registro das solicitações de reconhecimento da condição de refugiado apreciadas pelo Conare, em 2021, reafirma-se a relevância da região Norte para a dinâmica atual do refúgio no Brasil no ano passado.


No ano, 72,2% das solicitações apreciadas pelo Conare foram registradas nos Estados que compõem essa região. Estes solicitantes de reconhecimento da condição de refugiado tinham origem, fundamentalmente, no Haiti (40.415) e na Venezuela (9.777), além de Cuba (355) e Senegal (307). Por outro lado, a região Nordeste concentrou o menor percentual de solicitações apreciadas pelo Conare, apenas 0,4%. Quanto às demais regiões brasileiras, o Sudeste registrou 11,5% do total de solicitações apreciadas pelo Conare, enquanto o Centro-Oeste (11,3%) e o Sul (3,9%) completam o quadro de análise regional.

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“Entre as UFs que compõem a Região Norte, o Acre foi aquela que concentrou o maior volume de solicitações de reconhecimento da condição de refugiado apreciadas pelo Conare, em 2021, 33.911 (47,8%), seguida por Roraima, 10.403 (14,7%) e pelo Amazonas, 6.660 (9,4%)”, diz o Refúgio em Número.


Somadas, as pessoas haitianas (40.297) e as venezuelanas (9.720), que solicitaram reconhecimento da condição de refugiado nessas três UFs (50.017), representavam 70,5% do total de solicitações de reconhecimento da condição de refugiado analisadas pelo Conare, em 2021.


Além disso, a região Norte registrou aumento de sua participação no total de trabalhadores imigrantes após 2015, o que se deve ao peso crescente de venezuelanos, que ampliaram a participação dos estados de Roraima e Amazonas em 2021. No Acre não foi diferente, com crescimento de 0,1% na comparação de 2022 e 2021.


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