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Audiência detecta falhas no atendimento aos autistas no Acre

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Marcos Venicios

Fotos: Sérgio Vale/ac24horas

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A Assembleia Legislativa do Acre promoveu nesta segunda-feira (29) uma audiência pública para debater a situação dos centros de autismo no Estado a pedido da deputada Maria Antônia (PP), em parceria com o deputado federal Eduardo Veloso (União Brasil). O evento tem a meta de ampliar a assistência à população afetada pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Acre. Além do secretário de Estado da Saúde, Pedro Pascoal, ativistas como Eloneida da Gama, presidente da Associação Família Azul do Acre, entre vários outros participaram da audiência.


Como proposta básica, foi exposta à criação de mais centros de referência e não somente para o TEA como para outros transtornos nas regionais do Acre. “Estamos aqui pelo autismo e é uma coisa que vem crescendo enormemente”, disse Eloneida Gama.


A secretária de Saúde de Rio Branco, Sheila Andrade, disse que atualmente o centro da capital tem mais de 1.000 crianças na fila de espera por atendimento. “Estamos trabalhando arduamente para avançar”, disse, reclamando da falta de profissionais qualificados para cuidar dessa questão. Além disso, a gestora pediu definição de prerrogativas entre Estado e Municípios visando especialmente o financiamento das políticas.

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A neuropediatra Bruna Beirute disse que atualmente faz até dois diagnósticos de TEA ao dia em seu consultório, sendo que há oito anos, era um caso diagnosticado por semana.


O Acre tem apenas um centro de reabilitação, o CER III Padre Paulino Baldassari. Segundo a Sesacre, há uma fila de 4.000 pacientes aguardando algum tipo de terapia. Hoje a Sesacre atua para implementar o CER II em Brasiléia para servir de referência no Alto Acre. A proposta é potencializar o trabalho em neurodivergências e não somente no TEA.


Há queixa de favorecimento no atendimento e isso é interpretado como deficiência na checagem, que leva a uns esperarem mais que outros para ingressar no sistema. Ativistas reivindicaram um centro de atendimento no Segundo Distrito e a criação de salas de espera exclusiva para as crianças.


O policial rodoviário federal Guilherme Souza, pai de autista, relatou que está trazendo ao Acre projeto de capacitação dos agentes visando melhorar a abordagem às pessoas autistas.



Oteniel Almeida, assessor legislativo, listou os municípios que já conseguiram avançar com suas unidades de referência em autismo, como Epitaciolândia, que agora conta com o centro Anjo Azul. “Mas ainda não há recursos nos municípios e há falta de profissionais”, disse Almeida. Um centro para atendimento de pouco mais de 100 pessoas tem custo estimado em R$ 1,5 milhão por ano.


Mais de uma vez, envolvidos com a questão pediram mudanças na legislação. A lei traz interpretações que já não dizem respeito ao TEA e deixa, por exemplo, os centros sem recursos específicos.
Adiane Peres, representante da Educação Especial da SEE, disse que a falta das terapias causam impacto no ensino. “Pouco se consegue fazer quando a parte de saúde não está estabilizada”, disse.


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