Mais um dos muitos comerciantes informais que trabalham em pontos diversos da capital acreana reage a uma suposta pretensão de fiscais da prefeitura de retirá-lo do local em que trabalha, no caso em questão uma pequena banca localizada na Via Verde, em frente ao Lago do Amor.
Vendedor de açaí e outros produtos no local, Francisco Wilson Mendes da Rocha, de 63 anos, diz que foi convocado à prefeitura para fazer o pedido de autorização para trabalhar no local, onde foi feito um cadastro, tendo ele pagado uma taxa de R$ 38,00 para fins de regularização.
No entanto, mesmo tendo procedido da maneira que foi orientado, o idoso afirma que os fiscais têm passado constantemente no local, feito fotografias e exigido que ele pare com a sua atividade até sair a autorização para que ele continue no lugar, sob a ameaça de remover seus equipamentos.
Um dos filhos do vendedor, Marcos Wilson Batista Rocha, disse ao ac24horas que se o pai parar com as suas vendas enquanto a permissão não for emitida pela prefeitura, eles podem perder os materiais que estão estocados por serem perecíveis, o que resultará em prejuízo.
“O que nós queremos é poder trabalhar tranquilos, com a permissão da prefeitura, de maneira regular, mesmo precisando pagar as taxas necessárias. Meu pai já deu entrada lá, mas eles querem que ele pare enquanto não sair a autorização e isso não é possível porque é a única fonte de renda dele”, explicou.
A situação de Francisco Wilson é parecida com a da vendedora Marinalva Pereira Sampaio, de 67 anos, que na semana passada disse ter recebido ordem de desocupação do espaço onde vende goma de tapioca nas imediações da rotatória da Universidade Federal do Acre (Ufac).
Em ambos os casos, os vendedores ambulantes alegam ter recebido ameaças de fiscais de terem seus materiais levados embora caso não desocupem os espaços públicos onde vendem seus produtos como única maneira de garantir o sustento de suas famílias.
Procurado, o secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Cid Ferreira, disse não ter conhecimento do caso de Francisco Wilson, porém explicou que não existe determinação para a retirada dos comerciantes dos locais, mas apenas para que eles se dirijam à Seinfra para a renovação das permissões.
“No caso em questão, que você comentou [de Francisco Wilson], com toda a certeza é a mesma coisa [caso de Marinalva]. Vou perguntar para o fiscal, mas não tenho dúvida que seja a mesma coisa. Se for essa situação, eu acredito que não custa nada alguém da família passar com a gente e fazer a renovação”, reforçou.
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