“O Marcus Alexandre não voltará ao PT e temos que aceitar isso como normal, e não como traição”. A afirmação foi feita ontem ao BLOG pelo ex-deputado Daniel Zen, foto, que assumirá a presidência do PT amanhã, substituindo o militante Cesário Braga. Zen promete como foco principal na presidência buscar um recomeço político do PT, porque tem que ser reconhecido que, no Acre o partido continua vivendo um momento difícil, com uma rejeição popular grande, e acha que a volta ao protagonismo deverá ser demorada.
“Temos que reconhecer que não somos mais protagonistas no processo eleitoral acreano”, destacou ao BLOG, mas lembrando que Jorge Viana foi o segundo mais votado para o governo, teve votos na capital, o que projeta o partido como detentor ainda de um cacife político que pode ajudar como aliado na eleição municipal do próximo ano.
Zen afirmou ainda que mesmo Marcus Alexandre sendo candidato a prefeito de Rio Branco por outro partido, terá o apoio do PT. Ele defende a formação de uma frente que englobe os partidos de esquerda e os de centro, como o MDB e PSD, para apoiar a candidatura de Marcus a prefeito de Rio Branco. Sobre sua meta inicial como presidente do PT, Zen revelou que será trabalhar para montar uma chapa para vereador forte na capital e interior, e buscar ter candidatos próprios a prefeitos nos municípios ou mesmo fazer alianças.
NENÉM ALMEIDA NO PT
O ex-deputado Neném Almeida, que não se reelegeu, mas teve uma expressiva votação na capital, abriu conversa com o PT para disputar uma vaga de vereador na chapa petista.
PROPOSTA NA MESA
O senador Sérgio Petecão (PSD) cedo ou tarde terá uma conversa política com o governador Gladson Cameli, sobre a eleição municipal do próximo ano. A sua proposta será que fiquem juntos no mesmo palanque, apoiando o mesmo candidato a prefeito da capital, e na eleição nos demais municípios. Não passa por sua cabeça exigir cargos para formar uma aliança.
DESTINO MAIS CERTO
Perguntei ontem a uma fonte que transita junto ao Marcus Alexandre, sobre em qual partido se filiará. A resposta foi pronta e curta: “PSD”.
SERIA UMA ROUBADA
A avaliação que ouço de quem acompanha este processo de pré-campanha foi de que não está no foco do Marcus Alexandre se filiar ao PDT, porque teria mais a perder do que ganhar em termos de alianças políticas. “Seria uma roubada”, disse a fonte.
MARINA FICA
A Ministra Marina Silva, pelo que tem dito, continuará no ministério para continuar brigando pelas pautas que defende. Mesmo com a tentativa de esvaziar a sua pasta não fará a alegria da extrema-direita bolsonarista, que torce para que renuncie. A Marina é carne de pescoço quando toma uma decisão.
FALTANDO ÓCULOS
O presidente Lula fez ironia com as manchetes da imprensa, que deram destaque às derrotas que ele vem sofrendo no Congresso: “Até parece que o mundo acabou”, disse. O mundo não acabou, mas que está sofrendo uma derrota atrás da outra no parlamento, isso é verdade. Se vai reverter ou não, isso é outra história. A maioria congressista é composta de deputados conservadores, que vêm comunistas em cada esquina e até embaixo da cama.
FRENTE DE SERVIÇO
O prefeito Tião Bocalom abre hoje frentes de serviço para a recuperação de ruas que foram atingidas pela alagação, com ações de limpeza e recapeamento asfáltico. Não há nada que desgaste mais a imagem de um prefeito, do que ruas esburacadas.
OUTRO PATAMAR
A comitiva do governo que foi à Feira Agropecuária em Rondônia, voltou com uma certeza: perto de Rondônia o Acre está na Idade da Pedra quando se trata de agronegócio.
UMA ATRÁS DA OUTRA
O ex-presidente Bolsonaro vem sofrendo uma derrota atrás da outra, com sentenças indenizatórias, por sucessivas ofensas que fez a jornalistas quando estava no cargo.
VITÓRIA NA JUSTIÇA
Com a derrubada na justiça da Liminar que afastava o Jorge Viana da presidência da APEX, ele poderá continuar tocando a pasta e conseguir inserir o Acre em pautas de exportação, como a venda de carne bovina de frigoríficos acreanos para a China, via a estrada do Pacífico.
SEU CANDIDATO É O BOCALOM
O vereador João Marcos Luz (MDB) faz a defesa da candidatura do deputado Emerson Jarude (MDB) a prefeito da capital. Mas, pela lógica, nem nele deverá votar. O seu candidato a prefeito deverá ser o Tião Bocalom, de cuja gestão foi diretor, e nada mais normal esse apoio.
VOTOS CONSIDERÁVEIS
O deputado Tanízio de Sá (MDB) não disputará a prefeitura de Sena Madureira, mas será peça importante na campanha, porque foi muito bem votado no município. Para onde pender, ajuda o candidato.
DEIXOU ACABAR
A BR-364 virou um varadouro de péssima qualidade. O gozado nessa ópera-bufa é que na região do Juruá, o Bolsonaro, que abandonou a rodovia para Cruzeiro do Sul, deu as costas para a sua recuperação, e teve uma votação estupenda. Masoquismo político.
É O PROTAGONISTA
O presidente é o Lula, mas o grande protagonista da República é o presidente da Câmara Federal, deputado Artur Lira (PP). Lula governa de direito, mas de fato quem governa e dá o tom, é o Lira. Botou o governo Lula num torniquete. Some-se a isso a fraca equipe de articulação política do Lula. E o PT, também, não conseguiu o protagonismo nas redes sociais.
MAIOR MICO
O maior mico da eleição para presidente aconteceu em frente aos quartéis do Exército, onde os bolsonaristas acamparam com suas bandeiras e palavras de ordem, certos que os militares dariam um golpe, para manter o Bolsonaro no poder. Até hoje ainda sonham com a volta da ditadura militar. Fizeram papel de tolos e de inocentes úteis.
SAIU DO ZERO
O Marcus Alexandre saiu do zero na política, e hoje virou a cereja do bolo que todos os partidos querem como candidato à PMRB. Na política é assim mesmo, lideranças antigas se aposentam e outros ocupam o espaço.
É A REALIDADE
A frase do ex-deputado Daniel Zen (PT), de que seu partido não será protagonista na eleição municipal, retrata a realidade. É isso mesmo. Vai passar um bom tempo no purgatório.
ALIANÇAS DO ARCO DA VELHA
O próximo ano virá com alianças do arco da velha, reunindo adversários da última eleição no mesmo palanque, aguardem, aguardem, aguardem…
FRASE MARCANTE
“O Lula precisa tomar cuidado para que o discurso da miséria não vire a miséria do discurso”. João Santana, que foi marqueteiro do presidente em 2006.