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Miséria reduz, mas 52,9% dos acreanos ainda vivem na pobreza

Por
Edmilson Ferreira

Cerca de dez milhões de pessoas saíram da linha da pobreza no Brasil no último ano, mas no Acre mais da metade da população – 52,9% – ainda vivem nessa situação. A informação faz parte do levantamento realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), obtido a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), sobre rendimento de todas as fontes do ano de 2022.


O estudo foi divulgado nesta terça-feira (23). Dos 27 Estados, nove deles -incluindo o Acre – têm a maioria da população composta por pessoas em situação de pobreza. A saber: Maranhão, que lidera o ranking com 58,9% de sua população na pobreza; Amazonas (56,7%), Alagoas (56,2%), Paraíba (54,6%), Ceará (53,4%), Pernambuco (53,2%), Bahia (51,6%) e Piauí (50,4%), além do já citado Acre.


Além desses, outros seis estados computaram taxas de pobreza acima da média nacional (33,0%), sendo eles Amapá (49,4%), Pará (49,1%), Sergipe (47,9%), Roraima (46,8%), Rio Grande do Norte (46,2%) e Tocantins (35,8%), todos localizados nas regiões Nordeste e Norte. O estudo aponta ainda que as menores taxas foram contabilizadas no Rio Grande do Sul (18,2%), Distrito Federal (17,3%) e Santa Catarina (13,9%).


Quatorze UFs apresentaram taxas de extrema pobreza superiores à média do País (6,4%). As mais elevadas foram constatadas no Maranhão (15,9%), Acre (14,7%) e Alagoas (14,1%), índices acima dos valores observados em nações, como o Senegal (9,3%) e Honduras (12,7%), que enfrentam problemas sociais históricos.


A extrema pobreza se mostrou menor no Mato Grosso do Sul (2,8%), Distrito Federal (2,0%) e Santa Catarina (1,9%), contextos semelhantes aos de países como Peru (2,9%) e Sérvia (1,6%), porém mantendo certo distanciamento no espaço social de nações desenvolvidas como Estados Unidos (0,2%), Dinamarca (0,2%) e Noruega (0,2%).


O estudo detalha as taxas de pobreza e extrema pobreza de cada Estado nos anos de 2021 e 2022 e traz também a média nacional.


No Acre, a pobreza saiu de 55,7% em 2021 para 52,9% em 2022, queda de 2,8% em um ano, muito por conta das fortes injeções financeiras dos seguros sociais, especialmente o Auxílio Brasil, substituído em 2023 pelo Bolsa Família.


Já a extrema pobreza também registrou importante queda no Acre entre 2021 e 2022, saindo de 18,1% para 14,7%, redução de 3,4%.


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Edmilson Ferreira

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