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De estrada a varadouro: a saga ao revés da BR-364

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A BR-364 é a prova concreta da falta de entusiasmo de Gladson na administração da coisa pública. Nesse aspecto, a BR-364 diz tudo; ela grita tudo; ela revela tudo. Ela expõe toda a falta de competência e tesão pela rotina de trabalho de Gladson Cameli como governador.


“Atenção, D. Maria, no Ramal do Pau Pelado! Colocação Boca da Onça. Aviso que não será possível chegar na sexta-feira por motivo de força maior. A estrada tá muito esburacada e cheia de lama e o nosso ônibus quebrou”.

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Por esses dias, esse tipo de mensagem via rádio será comum. Assim como têm sido comum reclamações de moradores ao longo da BR-364 entre Rio Branco, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul. É doído ver tudo isso e não ouvir dos senhores deputados federais e senadores uma solução alentar quem da estrada precisa.


Por conta disto e da importância econômica e social que a BR-364 tem para o povo do Acre que o ac24horas será muito direto e claro em apontar os responsáveis diretos pela atual situação da rodovia. Senão vejamos:


Os atuais parlamentares de oposição ao governo federal podem ficar emburrados, espernearem, fazerem beicinhos, rebolados argumentativos, mas quando se fala em BR-364, pelo menos nos últimos 28 anos, quem compreendeu a importância dessa estrada para o Acre foram os presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula, no plano federal.


E, no plano regional, Edmundo Pinto, Orleir Cameli, Jorge Viana e Binho Marques. Nos últimos 12 anos, a impressão que se tem é que os governos de Tião Viana e Gladson Cameli, por decisão, resolveram abandonar a única rodovia que integra o Acre de um extremo ao outro. A BR-364 nivela, abaixo da linha da mediocridade, os dois últimos ocupantes do Palácio Rio Branco.


Na gestão de Tião Viana, começou pela falta de cuidado com as balanças que atuavam na fiscalização dos caminhões que transitavam na estrada federal. Sem manutenção, os equipamentos foram sendo sucateados e, na prática, foram liberando o asfalto para o desmanche.


O manejo e acompanhamento na manutenção das pontes entre Rio Branco e Cruzeiro, todas construídas na gestão de Binho Marques, sob a vigilância de Marcus Alexandre, foram praticamente abandonados por Tião Viana.


E olhe que Tião Viana teve boa possibilidade de conduzir os trabalhos tendo a régua e o compasso na mão, assim como foram os antecessores. Vamos lembrar que a superintendência do Dnit no Acre só foi inaugurada no Acre em fevereiro de 2017. A falta de zelo ganhou espaço no Gabinete Civil sob o comando de Tião. E se cristalizou na gestão de Gladson Cameli.


O atual governador até poderia arriscar o argumento de que a superintendência do Dnit aqui lhe tira a governabilidade da agenda da BR-364 no Acre. Mas isso é uma meia verdade (para não faltar com o decoro).


Outra turma que merece repúdio por parte do cidadão acreano é a que está no parlamento. Ou a que esteve. Todos: deputados e senadores. São legislaturas fracas. Já se teve um relator do Orçamento Federal e o que se vê é a BR-364 se transformando em um varadouro.


Legislaturas fracas e um governo do Estado sem capacidade de articulação política para viabilizar obras na estrada federal. O Acre está triste. E sem perspectivas.

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“Atenção, D. Maria, no Ramal do Pau Pelado! Colocação Boca da Onça. Aviso que não será possível chegar na sexta-feira por motivo de força maior. Falta cabra com pulso para apontar rumo e o que vem por aí parece ser pior”.


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