Pesquisa registra o momento, mas o resultado continuado pode consolidar os números

Pesquisa de opinião pública sobre candidaturas majoritárias, registra apenas a tendência de voto do momento, não é um quadro definitivo. Principalmente, a eleição para a prefeitura da capital sendo só no próximo ano. Em todas as pesquisas feitas até o momento, o ex-prefeito Marcus Alexandre aparece sempre liderando com folga sobre os adversários e com baixa rejeição. Nessa última pesquisa sobre a disputa da PMRB apareceu com 59,50 cento. O segundo, o prefeito Tião Bocalom vem bem abaixo com 11,17 por cento, seguido do secretário Minoru Kinpara (PSDB) que marcou 8 por cento. Os demais vieram mais abaixo.

Pesquisa não ganha a eleição, com os seus componentes extras, mas o perigo reside nos detalhes. Caso os números altos do Marcus Alexandre venham se repetir em várias rodadas de pesquisas e chegarem na eleição consolidados, se torna um fato complicador para os adversários. Lembrar o Gladson Cameli, que na eleição passada começou liderando na pré-campanha todas as pesquisas, isso continuou na campanha, e sua posição ficou consolidada. Mas, a política não é uma ciência exata e este exemplo pode se repetir ou não. Está muito cedo para se dizer que, quem lidera as pesquisas para o PMRB hoje é o favorito para vencer a eleição. Ainda há muito balseiro para descer pelo Rio Acre até a eleição.

Vendo a pesquisa do DELTA, é bom os defensores da candidatura do Marcus Alexandre não baterem o tambor, porque é o quadro do momento. Vai manter ao longo da pré-campanha e da campanha esses números? Só o eleitorado poderá responder. Cautela, pois, muita cautela!

A se manter o número baixo na pesquisa, o deputado Emerson Jarude (MDB) não terá como impor a sua candidatura a prefeito da capital dentro da sigla. O MDB é enjoado.

Os aliados do prefeito Tião Bocalom garantem que ele vai disputar a eleição pelo PP, não vai sair da sigla, e conseguirá legenda para a reeleição. E, falando com um dos seus mais leais aliados sobre a composição do novo diretório municipal ser um empecilho, foi curto e grosso: “A Socorro Neri não é a dona do PP”.

Um fato é certo: a candidatura do Marcus Alexandre será muito competitiva, é o que mostra a pesquisa do instituto DELTA. E que o prefeito Tião Bocalom é o nome que mais aglutina entre os seus opositores, o que pode redundar, em tese, numa polarização entre ambos pela disputa da PMRB, na eleição do próximo ano. Mas, tudo é uma simulação, a roda da roleta eleitoral nem girou. Pesquisa é momento.

Outro fato que deve ser registrado é que o secretário Alysson Bestene não pode ser ainda avaliado como candidato a prefeito. Os seus adversários estão na mídia como tal. E o seu nome, somente essa semana começou a ser falado como candidato à PMRB pelo PP. Como estamos muito longe da eleição é errado se dizer que é uma candidatura sem chance. Terá muito tempo para projetar seu nome entre o eleitorado, e para isso terá que contar com um forte apoio na mídia para formatar sua imagem. Isso será fundamental.

Quando a deputada Michelle Melo (PDT) anunciou que seria a líder do governo, disse neste espaço que, se tinha intenção de voar mais alto em 2024 ou 2026, era uma roubada política. Ser líder de qualquer governo desgasta. Principalmente, ela, que saiu da Câmara Municipal com um mandato em alta. Só que lá era independente e combativa. Como líder do governo não pode ser uma coisa e nem outra, tem que se limitar a defender o governo. Tanto estava certo que, na pesquisa do DELTA ela apareceu com a segunda maior rejeição. É a maldição do cargo.

Como isso acontece, alguém pode perguntar, já que a deputada Michelle é líder de um governo popular como o do Gladson (que voltou ser registrado no DELTA). O Gladson aparece sempre bem avaliado pelo carisma pessoal, pelo ser bonachão e a empatia que conseguiu com a população, além de ser um grande comunicador, não pelo conjunto de obras de sua administração, que não são muitas e nem tão relevantes assim. Os desgastes colam em quem o defende, jamais, nele. É uma explicação simples.

Tudo indica que não teremos nenhuma mulher disputando a prefeitura de Rio Branco, em 2024. Pelo menos, até o momento, nenhuma voz feminina se apresentou.

Lendo a última edição da VEJA, ela retrata com minúcias as brigas intestinas que acontecem nestes poucos mais de 100 dias de gestão do Lula. Não conseguiu ainda formar uma base parlamentar sólida no Congresso.

É só ver a briga aberta entre a ministra Marina Silva contra alguns ministros e a Petrobrás, em torno da prospecção de petróleo na Foz do Amazonas. Marina é radicalmente contra. Aliás, radicalismo é com ela.

O encontro que deve acontecer esta semana entre o senador Sérgio Petecão(PSD) e o governador Gladson Cameli, deverá definir uma aliança para 2024 e se o partido terá cargos no governo. O que houve até aqui foram meros boatos, mas nada de concreto, como a nomeação da vice-prefeita Marfisa Galvão (PSD) para uma secretaria de governo.

Essa aliança virou uma novela mexicana longa e enfadonha.

ALGUNS entendimentos que estão acontecendo via APEX poderão dar uma sacolejada grande na eleição para o governo do estado em 2026.

O refrão acima é o mais cantado pelo prefeito Tião Bocalom, quando lhe perguntam se vai deixar o PP.

Caso o novo diretor regional do DNIT, Ricardo Araújo, petista de carteirinha, não tenha no seu cofre, recursos para fazer um trabalho de vergonha sairá com a imagem desgastada. A sua indicação foi referendada pelo presidente da APEX, Jorge Viana.

Na sua campanha para o governo o Jorge Viana teve aliados que não eram do PT. Mas quando se trata de cargos, o JV sempre olhou para o umbigo petista. Não é, então, novidade.

“De onde menos se espera, daí é que não sairá nada”. Barão de Itararé;