Pela segunda vez em oito anos, o hospital Dr. Epaminondas Jácome, de Xapuri, enfrenta a dificuldade de ser remanejado de seu prédio, inaugurado há mais de 50 anos, e ser instalado precariamente em outro local. Nas duas ocasiões, o motivo foi o mesmo: enchentes de grandes proporções do Rio Acre.
Em 2015, na maior enchente da história do rio, a unidade de saúde foi completamente inundada e transferida para as instalações de um posto de saúde de bairro, onde funcionou por meses a fio em situação deplorável, com grandes dificuldades e prejuízos para pacientes e servidores.
Em 2023, a história se repetiu, apesar da menor intensidade da enchente. Sob o risco de uma nova inundação e já com uma estrutura distante daquela que a unidade necessita, o hospital foi transferido para o prédio do núcleo da Universidade Federal do Acre (Ufac) na cidade.
A parte que diz respeito ao atendimento de emergência – Pronto Socorro – foi instalada no centro de saúde Félix Bestene Neto, localizado em frente à Ufac, o que ocasionou a desativação temporária de uma das seis unidades de atendimento básico em saúde do município.
A situação desagrada a todos na cidade, desde à população, que reclama da inadequação dos espaços destinados ao atendimento dos pacientes, aos servidores, que se queixam da falta de estrutura adequada para a prestação dos serviços. Diante do quadro, surgiu a cobrança pelo retorno do hospital ao seu antigo prédio.
Nesta quinta-feira, 18, um grupo formado por vereadores de Xapuri, junto com o atual diretor da unidade, Celso Paraná, foi recebido em Rio Branco pelo secretário de Saúde, Pedro Pascoal. Na pauta, a cobrança pelo retorno do hospital à velha sede e ainda sobre os trâmites para a construção de um novo hospital na cidade.
Sobre o primeiro ponto, foi informado à comitiva que em um prazo de 20 a 25 dias será iniciada uma reforma no antigo prédio para que a mudança seja realizada. A respeito do novo hospital, o secretário disse que há um projeto que necessita da articulação com os parlamentares acreanos, inclusive com a participação do município, para a alocação de emendas para a construção.
Ao ac24horas, a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) disse que, apesar da situação excepcional, os serviços prestados pela unidade de saúde estão acontecendo dentro da normalidade e que no prazo de algumas semanas o hospital estará de volta à sua sede.
“A unidade está no prédio [da Ufac] de forma provisória devido ao processo de manutenção predial emergencial que foi solicitado em razão da alagação. Nas próximas semanas, as obras serão concluídas e as atividades retomadas em seu lugar de origem. Todos os serviços estão sendo prestados normalmente e em caso de necessidade, pacientes mais graves são transferidos ao Pronto Socorro de Rio Branco”, informou a Sesacre.
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