A justiça do Acre vai apurar uma suposta denúncia de tortura praticada por policiais penais na última sexta-feira, 12, na UP4, a antiga Papudinha.
Conforme o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), os presos denunciam que os autores da agressão foram policiais penais que compõem o Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GEPOE). Dezenas de presos teriam sido espancados e alguns laudos já teriam confirmado o espancamento.
“Nós já temos seis laudos positivos para lesão. Por isso, requisitamos a instauração de um inquérito policial para apurar as denúncias e também comunicamos ao Grupo de Combate à Tortura do Ministério Público”, afirma o promotor de justiça Tales Tranin.
O espancamento dos presos teria acontecido durante uma vistoria de policiais penais do GEPOE, onde teriam descoberto cerca de 14 celulares em posse dos detentos. “A denúncia é que bateram em quase todos. A maioria das lesões foi nos dedos, já que os policiais estavam em procedimento e nesse tipo de ação, os reeducandos colocam a mão na cabeça e eram atingidos com cassetetes para serem obrigados a “assumir” os celulares”, explica Tranin.
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