O diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), Glauber Feitoza, negou as acusações de suposta tortura feita pelo Ministério Público contra presos da UP-4, a antiga Papudinha, e quer teria sido praticada por policiais do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GEPOE).
Conforme pedido de abertura de investigação pelo MPAC, a suposta sessão de tortura teria acontecido na noite da última sexta-feira, 12, durante uma vistoria dos policiais aos pavilhões da unidade prisional.
Feitoza negou as acusações e afirmou que os policiais agiram dentro da lei. Em relação às marcas nas mãos de alguns presos, o presidente do IAPEN salientou que alguns trabalham em atividades de marcenaria e oficina mecânica, e que o trabalho pode ter sido a causa dos hematomas.
“O grupo penitenciário não entra para agredir preso, o procedimento é padronizado para garantir a ordem. Muitos desses presos trabalham com madeira e na oficina, o que pode provocar esse tipo de lesão”, afirma Glauber.
O diretor do IAPEN diz ainda que os laudos feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) não apontam para a prática de tortura, seja física ou psíquica. “Eu estou com os laudos e eles afirmam não haver indícios que caracterizem tortura. É claro que não compactuamos com nenhum tipo de excesso, e se encontrarmos algo que não esteja dentro dos padrões seremos os primeiros a encaminhar às autoridades competentes”, explica Glauber Feitoza.
O IAPEN também apresentou os 14 celulares encontrados com os presos nos pavilhões durante a vistoria.
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