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Moradores da Cidade do Povo sofrem com abandono de obras públicas

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Foto: Cidade do Povo, em Rio Branco – Whidy Melo/ac24horas

O bairro Cidade do Povo, em Rio Branco, está abandonado pelo poder público a ponto de perder investimentos milionários feitos no passado. As 17 mil pessoas que vivem em um dos bairros mais perigosos do estado convivem com o abandono ruas, terminal de ônibus, e insegurança.


Uma visita da reportagem ao bairro na manhã desta segunda-feira, 15, constatou o abandono do antigo terminal de integração da Cidade do Povo. O terminal foi construído na gestão do governador Sebastião Viana, em 2016 e orçada em R$ 1,4 milhão para ser entregue à Prefeitura de Rio Branco, quando Marcus Alexandre era o prefeito, recebendo 17 ônibus das linhas: Cidade do Povo, Belo Jardim, Liberdade e Ufac/Rodoviária.


Em 2021, o terminal acabou sendo fechado pela Superintendência de Transporte e Trânsito de Rio Branco – RBTrans, junto dos terminais do São Francisco e Adalberto Sena, sob o argumento de que não havia demanda suficiente para justificar seu uso. Desde então, a obra milionária é o primeiro sinal de abandono para quem entra no Cidade do Povo.


Foto: Terminal de Integração abandonado na Cidade do Povo custou R$ 1,4 milhão – Whidy Melo/ac24horas

Além do terminal de integração, dois quilômetros de ruas feitas para a circulação exclusiva dos ônibus também estão abandonadas, tomadas por buracos e pela vegetação.


As organizações criminosas disputam o controle da região com diversas trocas de tiro. Em fevereiro, dois funcionários da Secretaria Municipal de Cuidados com a Cidade foram assaltados enquanto faziam parte de um mutirão de limpeza promovido pela Prefeitura. “Eles foram abordados pelo pessoal de lá. Eu já tinha saído, mas levaram dois celulares e tentaram dar duas coronhadas com a arma neles”, comentou o secretário Joabe Lira.


Foto: rua exclusiva para o tráfego de ônibus está abandonada na Cidade do Povo I Whidy Melo/ac24horas

O secretário de Infraestrutura de Rio Branco, Cid Ferreira, disse que está em contato com a Secretaria de Obras Públicas do Acre para definir a responsabilidade das ações. “Até então, a prefeitura que apanha, que faz tudo, e o Estado está só trabalhando nas mídias como se não tivesse responsabilidade ou dever nenhum”, disse Cid Ferreira.


A assessoria da Secretaria de Obras Públicas do Acre disse que o secretário Glauber Mappes estava em reunião e não conseguimos retorno até o fechamento dessa matéria. O espaço está aberto para a sua manifestação.


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