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Governos da Amazônia Legal perdem recursos ao não investir nas concessões florestais

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Publicação (policy brief) do Instituto Escolhas lançada nesta segunda-feira (15/05) intitulada “O potencial desperdiçado das concessões florestais estaduais na Amazônia Legal” organiza dados que mostram como os estados da região têm deixado de lado as concessões e os recursos que elas podem gerar.


Há uma semana, o Senado aprovou alterações na Lei de Gestão de Florestas Públicas, ampliando o rol de atividades econômicas sustentáveis permitidas dentro das concessões de florestas públicas (Medida Provisória 1.151/2022), tornando-as mais atrativas economicamente. Agora, o Instituto Escolhas aprofunda o debate.

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Conforme o documento, mais de 96% das florestas públicas estaduais do Brasil — o que equivale a 76 milhões de hectares — estão situadas na Amazônia Legal. Do montante passível de concessão, apenas 551 mil hectares estão sob concessão com contrato vigente – sendo nove unidades de manejo no Pará e uma no Amapá.


“A concessão florestal é uma importante aliada no combate ao desmatamento, pois as áreas de florestas públicas concessionadas podem ser manejadas com atividades de produção ou oferta de serviços sustentáveis, ao mesmo tempo, em que geram recursos para as ações estatais de conservação e emprego e renda local. Ao não criar condições para implementar concessões florestais, os estados cometem um erro estratégico ou, como mostramos no policy brief, um desperdício de recursos”, afirma Jaqueline Ferreira, gerente de portfólio do Escolhas.


Previstas pela Lei de Gestão das Florestas Públicas, as concessões florestais foram criadas em 2006, quando Marina Silva exercia seu primeiro mandato como Ministra do Meio Ambiente, para incentivar o desenvolvimento de atividades econômicas a partir do manejo florestal sustentável feito por empresas, associações co­munitárias ou cooperativas. O mecanismo legal vale para florestas públicas federais ou estaduais.


Na Amazônia Legal, os únicos estados que desenvolveram seus Planos Anuais de Outorga Florestal, os chamados PAOF, foram Acre, Amazonas, Amapá e Pará – com destaque para os dois últimos que, de fato, implementam a política de concessões.


Mato Grosso, Maranhão, Rondônia, Roraima e Tocantins ainda não começaram a implementar a política de concessões. Juntos, esses cinco estados abrigam 7,4 milhões de hectares de florestas estaduais que sequer foram analisados como passíveis ou não de concessão.


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