O bairro Cidade do Povo, no segundo distrito de Rio Branco, tem a única Unidade de Pronto Atendimento sem segurança armada da cidade, mesmo com seu território sob disputa de organizações criminosas. Enquanto as unidades da Sobral e do Segundo Distrito mantém segurança armada, na Cidade do Povo a população é recebida com um agente de segurança com as mãos no bolso.
No mesmo local, em 2020, Antônio José de Oliveira da Conceição, de 39 anos, foi executado em frente à Unidade, que chegou a ter a porta de vidro quebrada e uma parede foi atingida por um disparo de arma de fogo. “Muitos colegas não querem mais vir trabalhar. As enfermeiras saíram ontem com duas médicas para prestar um BO e não voltaram mais. Dizem que elas não vêm mais para cá”, disse uma servidora à época, ao G1.
Além da falta de segurança armada, a unidade está com o banheiro masculino interditado e o feminino aberto sob péssimas condições. Faltam assentos e tampas nos sanitários.
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Acre – SESACRE, disse que a reposição dos materiais que faltam nos banheiros está prevista para essa semana. Quanto ao serviço de segurança patrimonial, a assessoria disse que a segurança não necessariamente precisa ser armada, e que critério de enviar profissional armado ou não, é da empresa prestadora do serviço. Questionada, então, se o item do contrato seria para segurança armada ou não, a assessoria não respondeu até o fechamento dessa matéria, mas o espaço segue aberto.
A VIP, empresa que presta o serviço de segurança à SESACRE, por meio de seu gerente Luís Ivan, disse que retornaria o contato após consultar o contrato, mas também não retornou mais e nem atendeu as ligações.