Ícone do site ac24horas.com – Notícias do Acre

“Não trabalhamos com o que a família e os amigos acham”, diz corregedor da Polícia Militar

O Corregedor da Polícia Militar, coronel Rômulo Modesto, se posicionou na manhã desta quarta-feira, 10, sobre a acusação feita por amigos do empresário Marcos Ferreira da Costa, 42 anos, de que sua morte, na noite do último sábado, 6, na região da Via Verde, em uma suposta troca de tiros com a PM, foi, na verdade, uma execução.


O empresário Mauro Santin, amigo de Marcos, foi uma das pessoas que denunciou a ação da polícia. “É uma coisa que não tem pé nem cabeça. Marcos era o tipo de pessoa que nem palavrão falava. Como é que um tiro pega de cima para baixo se foi troca de tiros? Como é que a polícia diz que ele estava atirando para trás? Ele foi executado. A gente quer a verdade. Colocar o fim da vida como se o cara tivesse fugindo da polícia, procurando uma garota trans de programa é acabar com a honra da pessoa. Ele foi executado, eu não tenho dúvidas. A população que não conhece, acredita que era um vagabundo, mas olha a quantidade de empresários presentes. Aqui, deve ter 60% dos empresários do ramo do agronegócio do Acre, se fosse um vagabundo essas pessoas estariam aqui?”, disse ao ac24horas.


À reportagem, o corregedor da PM disse que a instituição trabalha com fatos. “Não trabalhamos com o que a família e os amigos acham, trabalhamos com fato”, disse Rômulo Modesto.


O coronel da PM afirmou ainda que um inquérito policial militar já foi aberto para apurar a conduta dos policiais. “Toda ocorrência policial que tem como final uma lesão corporal ou morte de indivíduo temos como praxe, após a apresentação do boletim de ocorrência, a PM faz a apuração das circunstâncias do que ocorreu, desde o acionamento da viatura até o final da ocorrência”, explica.


Modesto conta a versão da polícia e afirma que até o momento não há nenhuma indicação de que houve algum tipo de falha no trabalho dos militares. “Recebemos 5 ligações no 190 de que o cidadão fez seis disparos de arma de fogo na área do Arena da Floresta. Temos algumas testemunhas que estão relacionadas no BO. Ao se evadir do local, viaturas o encontraram e o alerta para que o motorista parasse foi efetuado com sinais sonoros e luzes e se iniciou um acompanhamento de outras viaturas, momento em que o cidadão infrator efetuou disparos contra a guarnição”, diz.


O corregedor conta que a suposta troca de tiros que culminou com a morte de Marcos veio de uma viatura que fez uma barreira não obedecida pelo empresário e que mais uma vez a vítima efetuou disparos contra os policiais. “Uma viatura se posicionou em determinada área na direção contrária, o cidadão não obedeceu ao sinal de parar e atirou contra a guarnição, razão pela qual os policiais atiraram de volta contra o infrator”, explica.


O coronel da PM informou que as viaturas que atenderam a ocorrência não possuíam câmeras instaladas.


Até o momento, apesar das acusações graves feitas no velório, não há informação de que algum amigo ou familiar tenha feito um Boletim de Ocorrência denunciando a ação da polícia.


Sair da versão mobile