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Custo de 300 nomeações no governo gera gasto de R$ 1,7 milhão por mês aos cofres públicos

Nos últimos seis dias, o governo Gladson Cameli fez centenas de nomeações em cargos comissionados dentro da administração estadual. A ampliação dos cargos está sendo possível Após a aprovação de uma reforma administrativa pela Assembleia Legislativa no último mês de fevereiro.


Para acomodar os indicados de deputados da base aliada e de parlamentares da bancada federal, o governador não tem economizado no número de nomeações. Nos últimos seis dias foram, precisamente, 309 novas pessoas nomeadas em cargos comissionados. O ápice foi no domingo passado, dia 30 de abril, quando em uma edição extra do Diário Oficial Gladson nomeou 252 novos comissionados.


O grande número de comissionados vai impactar no quanto o contribuinte gasta para manter a folha salarial do governo. Apenas com os novos nomeados, o custo de salários vai ser de mais de R$ 1,7 milhão em um mês. Em um ano, se somados os 12 meses de salário mais o décimo terceiro, o valor chega a mais de R$ 22,1 milhões.


O alto custo apenas com os novos comissionados impulsionou as críticas de deputados de oposição na Aleac, como também deu mais “gás” aos técnicos de enfermagem que fizeram uma barulhenta manifestação em frente ao Palácio Rio Branco na última sexta-feira, 5, protestando por terem ficado de fora do aumento dos plantões na saúde.


Um levantamento mostra que se o reajuste fosse concedido à categoria, o custo para o governo seria de pouco mais de R$ 300 mil mensais.


“O executivo está comprometendo as suas finanças com comissionados ao invés de garantir gratificações aos técnicos em saúde. Muitos profissionais dessas categorias perderam a vida durante a pandemia da Covid-19. Enquanto fazíamos sessões remotas, eles estavam trabalhando, sabe o que fez a assembleia? aprovou moções de aplausos e entregou o diplomas e felicitações, mas na hora de mudar o plantão de R$ 78 para um pouco mais de R$ 110 não tem dinheiro, não existe mais recursos”, disse Edvaldo Magalhães, deputado do PCdoB.


O governo foi procurado para um posicionamento sobre o assunto, mas não se manifestou até o fechamento desta reportagem.


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