O estado do Acre registrou mais de 4,9 mil casos prováveis de dengue entre os meses de janeiro e abril deste ano. Em 2022, no mesmo período, foram registrados 1,8 mil casos prováveis, segundo divulgado pelo Ministério da Saúde (MS) neste fim de semana.
Também foram contabilizados, em 2023, 48 possíveis casos de chikungunya ante 38 no mesmo período do ano passado, assim como 290 de zika contra 5, considerando o mesmo período de quatro meses em 2022.
Até a metade de abril, os casos de dengue no estado do Acre já haviam mais que dobrado quando comparado com o mesmo período do ano passado – eram 3.341 notificações de casos suspeitos até a 13ª semana do ano contra 1.251 em 2022.
A informação consta no último boletim epidemiológico divulgado pelo Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) com divulgação pela Agência de Notícia do Acre no dia 16 de abril.
À época, a Sesacre alertou para a necessidade de intensificação das ações de eliminação dos focos do mosquito em todas as regionais do Acre, principalmente entre a capital Rio Branco e os municípios de Cruzeiro do Sul e Assis Brasil, locais onde há maior incidência.
“São medidas simples e eficientes a serem adotadas por todos, tais como manter bem tampados e limpos os reservatórios de água, trocar água dos vasos de planta, manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, os quintais limpos, sem qualquer tipo de entulho e acondicionar pneus em locais cobertos”, disse a responsável pelo monitoramento dos números estaduais, Márcia Andréia Morais.
Fatores e campanha nacional
A variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipos do vírus são alguns dos fatores que podem ter contribuído para o crescimento, segundo o Ministério da Saúde.
Diante do aumento de casos dessas arboviroses, a pasta federal lançou a campanha nacional para o combate das arboviroses. Com a mensagem “Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya”, a mobilização alerta sobre os sinais e os sintomas das doenças, além de formas de prevenção e controle do mosquito Aedes Aegypti.
A campanha está sendo veiculada desde quinta-feira passada (4) na TV aberta e segmentada, rádio, internet, carros de som e em locais de grande circulação de pessoas em todas as regiões do país.
O alerta por meio da campanha é complementar às medidas de reforço que vêm sendo adotadas pelo Ministério da Saúde para prevenção e controle das doenças, bem como para a garantia da assistência à população. Foi instalado, em março deste ano, o Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) para maior monitoramento do cenário epidemiológico e das diferentes realidades em cada estado.
Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.
A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.