Quem acompanha este BLOG deve ter lido quando coloquei que a posição do vereador João Luz (MDB) contra a filiação do ex-prefeito Marcus Alexandre (sem partido) no MDB era legítima, mas que não tinha força de falar pelo partido. A Nota Oficial, muito dura e direta da Executiva Regional do MDB, não só lhe desautorizou falar pela sigla, mas ainda passou uma reprimenda. Este confronto interno colocou em xeque a autoridade do presidente do partido, Flaviano Melo, com outra Nota do presidente do diretório municipal e deputado Emerson Jarude (MDB) defendendo o direito de fala do vereador João Luz (MDB) e se proclamando como quem vai comandar o processo da sucessão municipal. Vamos por parte: a fala do vereador em questão é um direito, como o de escolher seu candidato a prefeito (Tião Bocalom). Mas é uma posição individual, quem fala pelo MDB é, sim, a Executiva Regional.
O Jarude erra ao querer descredenciar, confrontar, e pôr em xeque a autoridade do presidente Flaviano Melo (MDB) e dos demais membros da Executiva Regional com sua Nota. Vai perder o confronto, com certeza. Conheço o MDB de suas entranhas. Quem vai definir quem será o candidato a prefeito do MDB, apenas em tese é o diretório municipal; mas existem instâncias partidárias acima que podem chamar para si responsabilidade. Vou lhe contar uma conversa, para ele se situar. Foi uma conversa a dois, por isso não vou revelar o nome do cardeal do MDB. O Jarude sabe o motivo pelo qual, ele não foi escolhido o líder do partido na ALEAC? Com certeza, não sabe.
Vai saber agora. Eu perguntei a um cardeal do MDB porque ele foi rifado para a liderança na ALEAC, por ser um nome qualificado e que daria voz na ALEAC para a oposição. E a resposta, foi curta: “Crica, ele não é confiável para o partido, não é MDB, apenas está no MDB, votou no Bolsonaro e não na Simone Tebet”. Não sei se a intenção do Marcus Alexandre é entrar no MDB, mas se ele quiser se filiar à sigla, não vão ser o vereador João Marcus (MDB) e nem o deputado Jarude (MDB) que vão lhe brecar. Podem até não lhe apoiar se vier a ser o candidato a prefeito do MDB, mas brecar a sua entrada, nenhum dos dois tem força no MDB para isso.
Agora, que a situação no MDB virou um angu de caroço, isso virou. E não há pano quente a ser colocado, o MDB tem que definir urgente quem tem o comando do partido, se a Executiva Regional ou a Executiva Municipal, sob pena de virar Casa de Noca, onde todos gritam, não se entendem e o feijão queima.
PP ABRE DISCUSSÃO
O PP abriu suas portas na última sexta-feira para discutir a sucessão municipal na capital. A deputada federal Socorro Neri (PP) reafirmou que seu foco não é disputar a prefeitura, mas fazer um bom mandato. E nas discussões surgiu um nome de consenso, o do ex-vereador Alysson Bestene (PP) para ser trabalhado e sair para a PMRB, e usaram os argumentos dele ser amigo do governador e de sua confiança, e ter o aval do partido.
NÃO SERIA VOZ DECISIVA
O União Brasil convidou a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, para se filiar. Agradeceu, mas não deu resposta. No partido, seria só mais uma, precisa de um partido em que tenha voz decisiva e de comando para buscar um andar mais em cima em 2026. E o União Brasil já tem muito cacique.
PAUTAS RADICAIS
Conheço o Alan Rick (UB) antes de entrar na política. Sempre foi afável, e do diálogo. Esse é o seu perfil. Se pensa em ser candidato ao governo em 2026, tem que ter votos, também, no centro. E se afastar das pautas radicais da extrema direita. Pode defender as bandeiras da direita, mas passar longe das bandeiras do radicalismo, como as que defende o senador Márcio Bittar (UB).
EQUÍVOCO GRANDE
O Gladson se elegeu porque defendia a candidatura do Bolsonaro? Quem responder que sim, errou. Ganhou pelo seu carisma político e por navegar em todas as marés e sem levar em conta o viés ideológico. Quando o eleitor quer votar não quer saber a que partido, que ideologia, o candidato defende. Vota pela empatia.
EXEMPLOS
O PT no seu auge no Estado, elegia até um poste se colocasse como candidato. Mas quando se tratava de votar no presidente, o Lula era surrado nas urnas. Perdeu para o Serra e para o Alckmin no Acre. Então, não confundam alhos com bugalhos.
ASSIM E A POLÍTICA
“Vocês estão sabendo porque tem pouca gente, aqui, na Casa Amarela? E porque não temos governo e nem prefeitura, Se tivesse, estava lotado”. O comentário foi feito pelo senador Sérgio Petecão (PSD) no ato da sua posse como presidente do partido.
NADA PARA SE ADMIRAR
Quando não se ganha uma eleição, os que eram todos tidos como amigos fervorosos, se afastam, e dobram até a esquina para evitar o cumprimento.
SEM CUMPRIMENTOS
Na reunião dos prefeitos na ASMAC – Associação dos Municípios do Acre – o senador Sérgio Petecão (PSD) e o prefeitoTião Bocalom, evitaram trocar cumprimentos. O rompimento é para valer.
ERA ESPERADO
Para aumentar o número de cargos de confiança no governo tem que passar pelo crivo da Assembleia Legislativa. Isso até o Zé das Couves sabe. O MP já se posicionou contra a anomalia de menosprezar o Legislativo e criar esses cargos por decreto, e a posição será acatada pela justiça.Quem moveu a ação foi o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB). Um desgaste do governo que poderia ser evitado.
CONVERSA DE BASTIDOR
Ontem, no MDB, aliados do presidente do MDB, Flaviano Melo, já falavam até em pedido de expulsão do deputado Emerson Jarude (MDB). Se vai se concretizar não sei, mas foi o assunto do dia.
PARA QUE SERVE?
O governo acreano dá isenção do ICMS para o GOL. É um benefício financeiro que não se reflete no preço das passagens para Cruzeiro do Sul, por exemplo. É um imposto jogado pela janela.
FRASE MARCANTE
“Na falta de outro tirano, a opinião pública se levanta como tal”. Bulwer-Lyton.
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