O Acre tem a 3a menor taxa de mortalidade de motociclistas no País mas está na 17ª posição quando o assunto é taxa de hospitalização entre essas vítimas, segundo o boletim epidemiológico ´Cenário brasileiro das lesões de motociclistas no trânsito de 2011 a 2021´, lançado neste começo de maio pelo Ministério da Saúde no trânsito em 2021.
Os dados mostram que no Acre a taxa de mortalidade é de 2,1 óbito por 100 mil habitantes mas os internados são 5,1 a cada 10 mil pessoas.
O País, a taxa média é de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes e de hospitalização de 6,1/10mil. Uma questão relevante que influencia no número de acidentes com motociclistas é o tamanho da frota de motocicletas no País. Em 2011, o Registro Nacional de Veículos Automotores registrou 18,4 milhões de veículos de duas ou três rodas (motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos) o que equivalia a 26,1% da frota total de veículos.
Em dezembro de 2021 esse total foi de 30,3 milhões, aumento de 64,7% aproximadamente, representando 27,1% da frota do Brasil. A partir de 2012, as motocicletas passaram a ser o principal veículo motorizado na Região Norte.
Esta tendência, que se agravou após a pandemia em 2020, guarda relação com crises estruturais do transporte público, demandas por serviços de tele-entregas, em sistemas de trabalhos precarizados e sem nenhuma garantia ou direito ao trabalhador, somada às vantagens que estes veículos apresentam, do ponto de vista individual
(tráfego fácil, estacionamento, baixos custos de aquisição
e manutenção).
A tendência é piorar, se levado em conta que a frota está crescendo em 2023. Entre março do ano ano e igual período deste ano, o aumento nas vendas no varejo é de 26,9%, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas.