A degradação das florestas no Acre é um fenômeno pior que o desmatamento: entre agosto de 2022 e março de 2023, segundo o Sistema de Alertas de Desmate (SAD) do Imazon, a degradação aumentou 558% no Acre na comparação com agosto de 2021 e março de 2022. Foram degradados 24 quilômetros quadrados em um período contra 158 em outro.
Segundo o Imazon, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 42 quilômetros quadrados em março de 2023, o que representa um aumento de 68% em relação a março de 2022, quando a degradação detectada foi de 25 quilômetros quadrados.
Em março de 2023 a degradação foi detectada no Pará (79%), Mato Grosso (14%) e Roraima (7%).
A degradação da Amazônia vem sendo estudado por vários pesquisadores. “Embora o desmatamento tenha sido amplamente documentado na Amazônia, a degradação também está tendo grandes impactos na biodiversidade e no armazenamento de carbono”, diz artigo publicado na plataforma Science em 2022.
“Reduzir a degradação também exigirá o envolvimento com o conjunto diversificado de atores que a promovem, operacionalizando o monitoramento eficaz de diferentes distúrbios e refinando as estruturas políticas, como REDD+. Tudo isso será apoiado por avanços rápidos e multidisciplinares em nossa compreensão socioambiental da degradação das florestas tropicais, fornecendo uma plataforma robusta para co-construir políticas e programas apropriados para contê-la”, completa o texto.
O portal Plena Mata explica o que é degradação florestal: “eliminação parcial e gradual da vegetação florestal para a extração seletiva de madeira e de outros recursos naturais. Pode ocorrer também por fogo e alterações climáticas”.