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Nunca ficou tão aberta a porta do Palácio Rio Branco

Por
Luis Carlos Moreira Jorge
Com o governador Gladson Cameli não podendo mais disputar a reeleição, o cenário para a disputa de 2026  pelo governo fica aberto e sem uma candidatura que possa ser apontada hoje como favorita. Os nomes citados até o momento são parelhas, por isso é cedo se dizer que este ou aquele político é favorito a suceder o Gladson.
Ninguém sabe como ficará o quadro dos futuros prefeitos, cuja eleição é no próximo ano. Como ficarão as alianças em 2026. Se o Gladson disputar o Senado é um quadro. Se resolver cumprir até o último dia de mandato é outra conversa. O máximo que se poderá fazer no momento são ilações. Mas, que a briga para comandar o Palácio Rio Branco sem o Gladson Cameli de adversário será interessante, isso será. Ficará uma eleição mais renhida.

VINGANÇA NÃO É VIRTUDE


Não existe outra explicação para os ataques duros do senador Márcio Bittar (UB) chamando o Gladson de governador incompetente, de comandar um governo sem capacidade técnica para tocar os recursos que chegam ao Acre, ou seja: um péssimo exemplo de governante. Ao não ser o de uma vingança por não ter conseguido emplacar a sua ex-mulher Márcia Bittar (PL), como vice na chapa de reeleição do Gladson Cameli. Foi um ataque inócuo, porque não vai fazer o tempo voltar ao período pré-eleitoral, colocar a ex-mulher Márcia de vice, e nem vai desgastar popularmente a imagem do Gladson na população. Vingança nunca foi uma virtude.
PERDE E GANHA
O senador Márcio Bittar (UB) tem de colocar na sua cabeça que na política se perde e se ganha. E que no último jogo político, ele foi derrotado fragorosamente. Passou da hora de assimilar que nada deu certo no seu projeto. Repetir um erro não é inteligente.
FASE DE DESCIDA
Na política, o político tem uma fase de aceitação popular e a fase do desgaste com o eleitor. O Márcio Bittar já esteve no auge – chegou a se eleger deputado federal sem precisar da soma de legenda de outros candidatos- mas, sua fase atual é de queda livre, de declínio. É só mirar a última eleição, que tudo o que projetou para o seu futuro político deu errado.
FRENTE CONTRA O GLADSON
Trabalha agora uma estratégia surrada de montar uma aliança para reeleger o prefeito Tião Bocalom, juntos disputarem as duas vagas ao Senado e o Alan Rick (UB) para governador. Na sua conta, a Ptolomeu impedirá a candidatura do Gladson; a vice-governadora Mailza Gomes (PP) assumiria o governo de forma efetiva, e o cenário político mudaria. É bom comprar outra bola de cristal, essa está embaçada e vai dar de novo com os burros dentro da água.
ESTÁ NO GOSTO DO POVÃO
De fato, o governo do Gladson pode não ser a oitava maravilha do mundo, mas tem carisma popular, o que suplanta as deficiências da sua gestão. O Gladson já foi atacado de todas as maneiras possíveis, mas a sua popularidade continuou intacta. Fez tudo o que um político não deve fazer para ganhar a eleição. Mas, ganhou no primeiro turno contra todos os aliados, fazendo uma dancinha aqui, conversando com um calango mais na frente e sem atacar ninguém. É uma burrice política se imaginar que formatizando o governo do Gladson como incompetente, vai deixar a sua popularidade no chão. Não vai. Pelo visto, o senador Márcio Bittar (UB) está desaprendendo a fazer política.
MAL NA BASE
O episódio trouxe ainda à baila uma situação: o Gladson Cameli tem uma base majoritária na Aleac. Nem sua líder Michelle Melo (PDT) e
nem os demais deputados levantaram a voz na sua defesa. Pelo menos, não li nada a respeito. Tampouco, os parlamentares federais. Um detalhe: todos estão lotados de cargos na máquina estatal.
ISSO É QUE MEDE
Não é não ter nenhuma condenação, não gastar toda verba de manutenção de gabinete, a presença sem falta no plenário, que serve de base para dizer ser este o melhor ou aquele o pior deputado. Meço pela régua dos projetos importantes aprovados e pela participação nos grandes debates nacionais e pela ajuda regional. Isso, sim, ao meu ver, é mais importante na ação de um parlamentar. Me baseio por estes princípios para avaliação.
BARRADO NO CAFÉ
A situação vivida pelo prefeito Mazinho Serafim na reunião da executiva do União Brasil, é a mesma de alguém que é convidado para tomar o café da manhã e nem xícara lhe dão. Teve todos os cargos pretendidos vetados. Foi uma desfeita. Para não dizer, ser humilhante.
ESSE SANTO QUER REZA
O ex-prefeito Marcus Alexandre (sem partido) tem postado suas andanças nos fins de semana nos mercados tomando café e conversando com os feirantes. Esse santo quer reza na missa eleitoral do próximo ano.
COMEÇAR SE MOVIMENTAR
A Socorro Neri (PP), foi de fato uma boa prefeita de Rio Branco. Nem se discute. Mas se quiser ser candidata novamente com chance tem de sair do seu gabinete em Brasília, e começar a andar pelos bairros, movimentando seu mandato no campo regional.
SEM NOME
O PT pode até lançar um nome para disputar a prefeitura de Brasiléia, em 2024. O problema é não ter hoje nos seus quadros no município alguém com forte densidade eleitoral, para entrar com chance na disputa.
DERROTA DO GOVERNO
Caso não seja colocado hoje em votação ou seja derrubado em plenário, o projeto que pune a divulgação de fake news, será a primeira derrota do governo Lula no parlamento. Será também o primeiro teste para medir o tamanho da base parlamentar do Lula.
PEDIDOS AOS MONTES
Pedidos em profusão para ser candidato a prefeito de Rio Branco, o Marcus Alexandre tem recebido aos montes. Mas vem acoplado com outro pedido: que não seja filiado ao PT.
MÁQUINA DE VOTOS
O deputado Luiz Tchê (PDT) pode até não ser o salvador da lavoura como secretário estadual de Agricultura; mas que vai montar uma base política para buscar um mandato federal em 2026, isso é certo. A pasta é uma máquina de votos.
TAMANHO DO DESAFIO
Para saber logo de cara o tamanho do desafio que terá para comandar a pasta estadual do Esporte, o futuro subsecretário Carlão Gouveia deveria começar fazendo uma visita ao destroçado estádio Arena da Floresta.
DEU ESTRELÃO
O maior campeão de futebol do Acre, Rio Branco Futebol Clube, faturou mais um título, sagrou-se ontem campeão ao bater o Humaitá. Todos méritos para o Neto Alencar, que carrega o time nas costas sem nenhum patrocínio estatal ou municipal.
SEM O QUE DISCUTIR
Não há muito o que se discutir sobre os embargos do IBAMA às madereiras e fazendas. É só provar que a madeira em estoque é legal, que fica liberada. Assim é com os fazendeiros. Se abriram pastos de forma legal provem e, também, ficam liberados. É simples assim, basta cumprir as leis ambientais. O resto é figuração.
FRASE MARCANTE
“Os que conhecem o Teu nome confiam em Ti, pois tu, Senhor, jamais abandonas os que te buscam”. Salmos 9.10
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Luis Carlos Moreira Jorge

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