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Derrota do governo na guerra da comunicação

O recente episódio da conturbada votação na ALEAC de projetos do governo, foi um verdadeiro samba com bumbo furado tocado pela Comunicação do governo. O governo perdeu feio a guerra da comunicação.
O que prevaleceu na massa que lotou as galerias da ALEAC foi o discurso da minoritária oposição, de que na realidade, o governo não estava dando pouco mais de vinte por cento de reajuste, mas sim pouco mais de cinco por cento; que é o que vai cair na conta dos servidores a partir do mês de maio, discurso que foi batido e reverberado que o governo poderia dar mais.
Tanto foi este o discurso que pegou entre as categorias, visto os fortes aplausos aos discurso do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) neste tom pelas galerias lotadas. E tanto isso aconteceu que estão pipocando notas de protestos de entidades que representam os servidores, bradando contra o valor e por não terem sido ouvidos.
Não aconteceu um contraponto que deveria ter havido pela numerosa base do governo e pela sua equipe de Comunicação. Os deputados se limitaram a votar. A oposição de apenas um moicano (Edvaldo Magalhães) deu um banho na liderança do governo. Já dizia o saudoso Chacrinha, quem não comunica se trumbica.
OUTRA GRANDE RECLAMAÇÃO
A outra grande reclamação que tomou conta dos que estavam na ALEAC foi que os projetos não foram discutidos com exaustão com os sindicatos, e foram empurrados goela abaixo.
JOGADOS NO FOGO
Conversei ontem com vários deputados da base do governo na ALEAC, e destes ouvi queixas contra a líder do governo, deputada Michelle Melo (PDT). “Ela votou contra o veto do governo, quando deveria ser a primeira a votar a favor. Nós, ao votar  para manter o veto do governo fomos jogados no fogo do desgaste”, foi basicamente o que ecoava nos bastidores entre os deputados da base.
BURBURINHO
Já há, inclusive, um burburinho citando o deputado Afonso Fernandes (PL), de que este poderia ser o novo líder do governo, por ser cem por cento governista. É um bom orador.
EXEMPLO A SER SEGUIDO
Quando o Osmir Lima era o chefe de gabinete do governador Orleir Cameli, a sua recomendação era de que um deputado tinha prioridade em ser recebido. Há queixas de que isso não ocorre na atualidade no governo.
PODER É PARA SER EXERCIDO
Se tinha uma coisa que os governos do PT sabiam fazer, era o de exercer o poder em sua plenitude. Uma ordem, era uma ordem. No governo do Gladson, ele dá uma ordem, assume um compromisso, e seus assessores mais diretos se sentem no direito de serem mais reais do que o Rei e descumprir ou cumprirem hora que entenderem uma determinação sua. Mas cada um com seu estilo.
NÃO VAI ESCAPAR UM
200 celerados já se tornaram réus pela depredação das sedes dos três poderes no DF. Uma nova leva de outros 200 está no mesmo caminho, já com maioria no STF. Não vai escapar um dos que foram presos no ato de cumprirem pena, uns com mais e outros com menos gravidade.
NEM DISCUTIR
O deputado Pedro Longo (PDT) não admite nem discutir voltar à liderança do governo. Foi um excelente líder.
UMA FRASE PARA REFLEXÃO
-Comandante forte, exército forte; comandante fraco, exército fraco. É um ditado que se aplica ao governo do Gladson.
AGINDO PRAGMATICAMENTE
O governo Lula está agindo de forma pragmática ao criticar as invasões do MST de propriedades produtivas, inclusive, com várias condenações públicas. É que vai precisar de votos na bancada ruralista, formada por 300 parlamentares. Se descolar do MST, é essencial para o governo capturar alguns desses votos.
PAUTAS AMBIENTAIS
A deputada federal Socorro Neri (PP) tem focado seu mandato nas causas ambientais. É seu o pedido para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ir à comissão do meio ambiente na Câmara Federal, para falar sobre o assunto. É uma pauta da maior relevância no mundo.
TERCEIRIZAÇÃO DO PODER
O presidente da Associação dos Procuradores do Acre se posicionou contra o reajuste de 20.32 por cento escalonado, com críticas à equipe do governo: …Parecem pessoas que não sabem onde estão ou sequer o que estão fazendo, aparentemente muito bons em conseguir prejudicar e afundar o governador……..
NÃO SE TERCEIRIZA
Na política, governador Gladson Cameli, não se terceiriza o poder, ou se perde o poder. É até simplório.

FRASE MARCANTE


“Invadir terra é tão grave quanto invadir o Congresso”. Ministro da Agricultura do Lula, Carlos Fávaro.
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