Comerciantes do centro de Rio Branco estão desistindo de seus pontos comerciais em razão do abandono do poder público e da insegurança no local. Segundo eles, além de furtos e roubos, as ameaças a vendedores e transeuntes acontecem em qualquer período do dia, com marginais transitando livremente portando facas e terçados.
Na noite de ontem, 25, uma loja da rede Americanas na rua Rui Barbosa, na região central da capital, teve a parede de tijolos quebrada e objetos roubados. Pasme, leitor, essa loja foi invadida cinco vezes em uma semana. A antiga fachada de vidro blindex foi substituída por uma parede de tijolos, mas nem isso foi capaz de frear a ação do crime.
O crime é tão presente na região que dos 7 entrevistados pela reportagem, nenhum quis se identificar temendo represália.
“Trabalhar no centro de Rio Branco é perigoso. Já perdi as contas de quantas vezes puxaram faca pra mim. Na Americanas, eles entram com terçado ou faca, pegam o que quiserem e saem o terçado numa mão e o produto na outra e ninguém pode fazer nada porque se denunciar ele pode voltar pra se vingar”, disse um segurança.
Com o abandono do poder público, alguns comerciantes da região já passaram a se referir ao local de trabalho como Nova Cracolândia. É comum que usuários de droga utilizem entorpecentes ou durmam em portas de estabelecimentos, muitas vezes ameaçando comerciantes quando incomodados.
Comerciantes da Praça do Relógio tiveram fiações furtadas e lojas arrombadas, muitas vezes, por moradores de rua conhecidos. Para flagrar e tentar inibir os crimes, câmeras foram instaladas, mas poucos dias após a instalação dos equipamentos, ladrões levaram os fios e as câmeras.
Segundo um comerciante de salgados que tem um ponto na Praça do Relógio há 20 anos, as ações criminosas se intensificaram após a pandemia. Cansados de gastar dinheiro com reposição de fios, comerciantes gradearam o quadro geral de energia. “Colocamos uma grade que a Prefeitura doou, mas levamos uma multa da Energisa por dificultar o acesso ao contador”, desabafou.
Os entrevistados são unânimes no apontamento das soluções para a resolução dos problemas enfrentados no centro de Rio Branco: patrulhamento a pé e constante, e assistência pública aos moradores do bairro Papouco. Na semana passada, moradores do entorno do bairro Papouco denunciaram que o patrulhamento rotineiro da Polícia Militar que foi anunciado no dia 28 de fevereiro, já não acontecia mais. A assessoria da Polícia Militar negou que deixou de patrulhar o local, que é apontado como grande ponto de receptação de furtos e roubos. Os crimes relatados nesta reportagem acontecem a uma quadra do Comando Geral da Polícia Militar.
Vídeos obtidos com exclusividade pelo ac24horas mostram ações criminosas na região central:
Apesar do adiamento da Cantata de Natal, o governador Gladson Cameli (PP) liderou a cerimônia…
A forte chuva que atinge Rio Branco neste domingo, 15, causou atraso na solenidade de…
Ezaquiel Neto dos Santos, de 22 anos, foi alvo de uma tentativa de homicídio após…
Adonis Ricardo Nunes Rocha, de 30 anos, foi agredido a golpes de ripas após ser…
A fronteira entre Brasil e Bolívia tem registrado um aumento nos casos de furtos de…
Dois jovens, ambos ainda não identificados, sofreram um grave acidente na madrugada deste domingo, 15,…