Uma das atrações para quem visita a Índia, é assistir a arte popular do encantador de serpentes, que com o som da sua flauta faz a temida cobra Naja sair do cesto em que se aloja. Na política, nós temos o nosso encantador de serpentes, que em vez de flauta usa uma conversa aprumada de derrubar avião. O senador Márcio Bittar (UB). Por um bom tempo, ele conseguiu encantar o Gladson Cameli, para colocar a sua ex-mulher Márcia Bittar de vice na sua chapa da reeleição. É que, o Gladson se afastaria em 2026 para assumir o Senado, a Márcia assumiria o governo e apoiaria Bittar a governador.
Cameli quebrou a hipnose e escolheu outra vice. Bittar volta agora com a mesma estratégia, desta feita com o prefeito Tião Bocalom. Convenceu o velho Boca a romper a aliança com o Petecão e fazer uma dobradinha com ele, com a promessa de jogar muito dinheiro na prefeitura para obras. Neste jogo, Bittar indicará o vice do Boca, este sairá em 2026 para o Senado, e a indicada do Bittar para vice do Boca, viraria prefeita e lhe apoiaria para o governo. Na política todo jogo é jogado, mas o senador Márcio Bittar (UB) só está esquecendo da coisa mais importante: combinar com o eleitor. Sem isso, o castelo de cartas pode voltar a ruir. O tempo dirá, é sempre o senhor da razão.
NÃO ESPEROU O GALO CANTAR
Neste episódio do rompimento do prefeito Bocalom com o senador Sérgio Petecão (PSD), a maior surpresa entre os que abandonaram o Petecão foi seu mais antigo seguidor, o Pastor Bezerrinha. E, ainda fez uma oração no ato do anúncio do rompimento. A barriga falou mais alto que a lealdade. Mas, a política é assim. Não existe nada mais forte do que a conveniência.
NÃO ESTÁ ERRADO
Num aspecto, o prefeito Bocalom não está errado: no momento que acabou a aliança, é natural a troca de cargos.
SEM NENHUM COMPROMISSO
Quem me ligou ontem foi o senador Alan Rick (UB) para dizer que não tem nenhum compromisso de apoiar a reeleição do prefeito Bocalom. “Meu candidato é outro, que revelarei no momento oportuno”, pontuou Alan.
FORA DO PALANQUE
Com isso, já são três os políticos que declararam não apoiar a reeleição do prefeito Bocalom: Alan Rick (UB), Socorro Neri (PP) e Sérgio Petecão (PSD).
ACONTECEU EM BRASÍLIA
O governador Gladson Cameli chegou semana passada no gabinete do senador Sérgio Petecão (PSD), em Brasília, e soltou rindo a ironia: -“Não te disse que o Bocalom ia te enganar… Sem graça, Petecou riu, e respondeu: “Você tinha razão, foi um tiro perdido no escuro.”. E a conversa entrou pelas risadas.
PAUTA DO ACORDO
Indicar o nome do vice na chapa de reeleição do Bocalom, e fazer dezenas de indicações políticas para quem estava na cota do senador Petecão na PMRB. Foi a principal pauta do acordo entre Bittar e Bocalom.
PAREDES TÊM OUVIDOS
Jogar o jogo em cima da tese de que o Gladson será afastado ou cassado, para virar um novo cenário em 2026, é acreditar no Sacy Pererê disputando a corrida São Silvestre. Cuidado pessoal, paredes têm ouvidos. E apurados.
VOTO PESSOAL
Conversando ontem com um cabeça branca do MDB, este me disse que a posição do vereador Marcos Luz (MDB), é um direito que deve ser respeitado, mas é voz isolada no partido contra o convite feito pelo MDB para o ex-prefeito Marcus Alexandre se filiar. É um voto pessoal.
MAIS PRESENTE
Caso a deputada federal Socorro Neri (PP) queira mesmo ser candidata a prefeita de Rio Branco, não precisa declarar isso agora, mas tem que começar a fazer visitas aos bairros da capital.
NÃO DEU CERTO
Até aqui não deu certo a estratégia do ex-deputado Jenilson Leite (PSB) de unir a esquerda e partidos conservadores como MDB e PSD, em torno de uma candidatura sua a prefeito da capital. Mas é apontado como um bom vice do Marcus Alexandre.
POLÍTICA É MOMENTO
Não tem favorito e nem derrotado na disputa para a prefeitura da capital. Fazer projeção faltando mais de um ano para a votação, é como jogar uma pedra e acertar na lua. Sem se saber o cenário, não há como prever algo.
ESPATIFANDO
Pelo que se tem lido e ouvido dos comentários de jornalistas da grande mídia, o ministro da Justiça Flávio Dino, tem agido mais como demolidor do que agregador da base do Lula na Câmara Federal. Quem ainda não sólida.
NÃO DEU A ARRANCADA
Nestes 100 dias do Lula foi de muita conturbação no seu partido, com os aliados, e não aconteceu nenhum fato relevante para aumentar sua popularidade. No campo, ou contém o MST, ou sua rejeição vai aumentar na área rural, onde perdeu feio a eleição.
NA JUSTIÇA
Está na justiça o pedido feito por parlamentares da oposição, para que o Jorge Viana devolva os 195 mil reais recebidos, durante o tempo que ocupou a presidência da APEX, quando se era obrigado a falar fluentemente o inglês para ocupar o cargo. JV só arranha o inglês.
COMO FICA?
A vereadora Lene Petecão (PSD), irmã do senador Sérgio Petecão(PSD), continuará na base de apoio do prefeito Tião Bocalom? É a pergunta que corria ontem.
DEU NA VEJA
“Entre uma fala desastrada e outra, a popularidade do presidente (Lula) cai. Pesquisa recente mostra que sua aprovação diminuiu 4 pontos em dois meses, despencando para 36 por cento”.
BRINCADEIRA QUE SAIU CARA
A tentativa de fomentar um golpe militar por parte dos celerados que promoveram o quebra-quebra nos três poderes teve 1390 pessoas denunciadas pelo MPF. 100 já viraram réus, 251 continuam presos e o número deve aumentar quando terminarem todos os julgamentos. A brincadeira do golpe saiu cara para os fanáticos porraloucas bolsonaristas.
NÃO MUDA NADA
A CPMI não tem força jurídica para mudar nada. No máximo será palco de bate-bocas histéricos entre situação e oposição. O caso já está na justiça.
NÃO FAZ POLÍTICA
Com todos com quem converso sobre Epitaciolândia, apontam um erro que, se o prefeito Sérgio Lopes não corrigir, terá dificuldade na
reeleição: governa como Delegado e não como político. Ninguém governa só no atual sistema.
POSAM DE INOCENTES
O Acre aparece entre os estados que mais desmatou nos últimos 3 meses. O IBAMA multa e vem todos com a cara mais limpa posarem de perseguidos e os políticos discursando a favor. Hoje, o sistema de satélites rastreia tudo.
CONTINUA DANDO CERTO
Um programa que deu certo no governo do PT foi o de transplante de fígados, tendo à frente o médico Tércio Genizini, que faz uma medicina humanista. O governador Gladson acertou em não desativar o trabalho, que muitas vidas têm sido salvas.
FRASE MARCANTE
“Não abra uma porta que não sejas capaz de tornar a fechar; nem feche uma porta que não seja capaz de reabrir”. Ditado persa.