Na tarde desta quinta-feira, 20, o Bar do Vaz recebeu o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) que já iniciou a entrevista avaliando a gestão pública atual e o posicionamento de seus colegas parlamentares.
“O governo parece que não tem defensor, apesar de ter uma base de 22 deputados. Essa história de ter uma base larga, obesa, só tem resultado se o governo tiver projetos e só serve para aprovar matérias com “jabuti embutido””, afirmou Magalhães ao mencionar a aprovação do Projeto de Lei que aumentou os cargos comissionados e deu poder ao governador de fazer um aditivo de até 30% sem autorização da Assembleia Legislativa.
Desrespeito com a base na Aleac
Edvaldo Magalhães criticou ainda o desrespeito da governo com a base aliada. “Você acha que alguém se sente confortável sendo base do governo e precisando levar chá de cadeira de quatro horas para ser recebido pelo assessor do assessor do assessor? Isso não se sustenta, esse casamento não resiste a uma Ptolomeu IV, por exemplo,” pontuou.
“Sou do diálogo”
Indagado por pelo apresentador, Roberto Vaz, sobre colaborar com os colegas da situação Magalhães afirmou: “Não fui eleito para bajular o governo, fui eleito para fazer oposição, mas eu não sou daqueles que se isolam, eu estou lá para ajudar, sugerir e aprovar os bons projetos”.
Descaso com servidores públicos
Edvaldo lembrou que durante os 20 anos do governo PT foram construídos cerca de 1.250 cargos em comissão, número que já foi ultrapassado em apenas quatro anos.
“O governo preferiu agir para ampliar o número de nomeados do que resolver problemas antigos e estruturais dos servidores públicos”
G7 x Ptolomeu
Questionado sobre a operação G7, que investigou corrupção durante o governo de Sebastião Viana, Edvaldo comentou que não existe comparação.
“O G7 tinha um grupo de WhatsApp em que os empreiteiros combinavam preços de obras, de tanta licitação que tinha no estado. Já a Ptolomeu tem um grupo de WhatsApp em que os empresários discutem qual a porcentagem que será paga de propina”, disse.
Ministra Garantista
Durante o bate-papo Edvaldo destacou “a sorte do Gladson é que existe uma ministra relatora garantista e não uma “lavajatista”, igual Sérgio Moro, senão ele já estaria preso. A prova mais forte é que a ministra mandou prender o passaporte do governador, é uma sinalização clara de que ela está dizendo “se for preciso agir, vamos garantir que ele não fuja.”, pontuou.
“A corrupção generalizou”
Edvaldo Magalhães disse que “se deleitou” nas centenas de páginas dos processos da Opração Ptolomeu e Operações Ramais e percebeu que a corrupção generalizou na atual gestão.
“Os diálogos são muito comprometedores. Como se explica que depois da primeira operação, em que todo mundo deveria se conter, veio a segunda operação que mostrou que na casa de um empreiteiro estava a fatura do cartão de crédito de uma grande autoridade do Acre? Nêgo pratica corrupção na atual gestão e ainda guarda as provas. A corrupção generalizou”
Prefeitura
Roberto Vaz destacou que a política no Acre não para e que todos os partidos querem Marcus Alexandre e indagou se na opinião de Magalhães continuar no PT é uma boa opção.
“Marcus Alexandre é a maior força política sem mandato no Estado do Acre e é o desejo de todos os partidos no Acre., onde ele estiver está preparado para retomar uma gestão. Ele não vai fazer economia com o direito público e deixar de tapar o buraco.” Afirmou.
Tião Bocalom
Magalhães opinou ainda sobre a gestão do Prefeito Tião Bocalom “Quando na gestão pública você gasta muito e não pode pagar as contas você é irresponsável, mas também é irresponsável quando não resolve os problemas da sociedade guardando o dinheiro público”.
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