Foto: Policiais Militares escoltam alunos na saída de uma escola no bairro Tropical, em Rio Branco – Whidy Melo/ac24horas
As forças de segurança não registraram nenhuma ocorrência relacionada à concretização das ameaças direcionadas a escolas no Acre.
Os 24 anos do Massacre de Columbine, ocorrido em 20 de abril de 1999 nos EUA, foi citado em ameaças de ataque a escolas em todo Brasil, inclusive no Acre. Boatos em redes sociais diziam que adolescentes estariam planejando atentados simultâneos.
Há dias a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre vem trabalhando para identificar donos de perfis que ameaçavam escolas públicas e particulares, e fez apreensões. Em maioria, os perfis eram criados por crianças de 11 a 13 anos que, em depoimento à Polícia Civil, disseram estar brincando.
Na madrugada de sexta-feira passada, 14, a Polícia Civil apreendeu em Epitaciolândia, no interior do estado, um menor de 13 anos que havia feito uma ameaça de atentado a uma escola e tinha acesso à arma em casa. “Ele disse que ia atirar com a arma do pai. Esse atentado não vai se concretizar, a Polícia Civil se antecipou contra um possível atentado, se fosse ocorrer”, disse o delegado de polícia Robert Alencar.
As recentes ameaças a escolas acontecem após um homem de 25 anos ter invadido uma creche, e matado 4 crianças com idades entre 4 e 6 anos armado com uma machadinha. O crime aconteceu em Blumenau, Santa Catarina, no dia 05 deste mês. Desde então, ameaças em redes sociais foram relatadas em todo território nacional, inclusive no Acre.
A SEJUSP intensificou as rondas policiais em instituições de ensino por meio do policiamento escolar, e reforçou a atuação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). A Secretaria Municipal de Educação em Rio Branco anunciou que planeja treinar professores a como reagir em casos de invasão às escolas.
Ontem, dia que marcou os 24 anos do Massacre de Columbine, creches particulares registraram uma diminuição no número de alunos.
No Bosque, a coordenadora de uma creche que não será identificada explicou que os recentes casos de ameaça junto com o aniversário do atentado nos EUA deixou pais apreensivos e cerca de 30% dos alunos faltaram. A instituição providenciou segurança armada desde que as ameaças foram divulgadas.
No Abraão Alab, em Rio Branco, uma outra creche também registrou queda no número de alunos nas aulas. A direção diz que providenciou a instalação de serpentinas elétricas em todo o perímetro. Um segundo portão será instalado e o acesso às dependências da creche só será possível através de uma biometria facial.
“Preferi não mandar minha filha porque acho melhor não arriscar”, disse a mãe de uma menina de 4 anos.
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