Fim da politicagem no esporte acreano

A se confirmar a nomeação do ex-jogador de voleibol da seleção brasileira e campeão olímpico Carlos Gouveia – o Carlão; para ser sub-secretário de esportes, o governador Gladson Cameli fará dois acertos: o primeiro o de acabar com a politicagem no setor; que deixou como saldo o estádio Arena da Floresta destruído e interditado, sem partidas de futebol há dois anos. Lá só tinha campeonato de peladeiros. O mesmo com o Arena do Juruá. Sem falar em outras atividades esportivas paralisadas. O segundo ponto é que vai colocar no setor um nome de prestígio nacional na área esportiva. Para quem não sabe, o Carlão é acreano. Desembarcou ontem em Rio Branco. O mais importante de tudo é que o governador lhe dê carta-branca para escolher os auxiliares (não pode ser ninguém da gestão passada) e recursos para tocar a pasta. Ganha o esporte com essa sacada do Gladson.

PONTO A FAVOR

A escolha do ex-deputado Daniel Zen para presidir o PT, tem um importante ponto a favor. Zen é uma figura do diálogo político, não é fechado às discussões. E se tem uma coisa que o PT precisa, é de se reaglutinar.

Os cumprimentos entre o Ministro do STF, Edson Fachin, e o governador Gladson Cameli foram só protocolares. Fachin veio ao estado a convite do Judiciário para receber condecorações e fazer uma palestra na justiça eleitoral. Não teve nada, absolutamente, nada com a operação Ptolomeu. Fique claro.

O deputado federal Roberto Duarte (Republicanos) – um bolsonarista da ala extremada de direita – quer anistia aos que participaram da tentativa de golpe, que não vandalizaram os três poderes. Mas teve os que financiaram, os que incentivaram, e ninguém esteve no ato do quebra-quebra por curiosidade, estava por apoiar o golpe. Estão todos no mesmo saco, uns devem receber punições menores e outros maiores, mas ninguém pode ser anistiado. Não houve ato político, houve banditismo e tentativa de golpe.

O bolsa verde, um benefício pecuniário aos que moram nas reservas florestais, não é um projeto do deputado Zezinho Barbary (PP), este apenas pediu a reativação, que por sinal já estava nos planos do governo federal. Para ficar registrado.

A aproximação do governador Gladson Cameli com o presidente Lula deixou os bolsonaristas acreanos todos de cara amarrada e zangados.

A nomeação na cota do senador Sérgio Petecão (PSD) no governo federal, do Paulo Ximenes, para ser o Superintendente da pesca no estado, foi uma boa indicação. Foi leal na campanha do Petecão e tem currículo.

O vereador João Luz (MDB) tem todo direito de se posicionar contra a candidatura do ex-prefeito Marcus Alexandre à PMRB, pelo MDB. Mas não tem força na executiva regional para brecar o fato se vier a acontecer. No máximo pode pedir afastamento, como fizeram o Mauri Sérgio e o Pádua Bruzugu, para não apoiar a Mara Rocha ao governo.

Natural que o vereador João Luz (MDB) não queira apoiar o Marcus Alexandre para prefeito pelo MDB. O motivo não foi nenhum dos alegados. Seu candidato é o prefeito Bocalom, de quem foi diretor do RBtrans e integra sua bancada na Câmara Municipal de Rio Branco.

O foco dos partidos de esquerda não é trazer para uma frente ampla para disputar a PMRB, não só o MDB e PSD, mas também o PSB, desgarrado do grupo desde a última eleição municipal.

A saída do velho militante do PT, Manoel Lima, segundo uma fonte petista, é porque se sentiu desprestigiado ao não ser escolhido o presidente da sigla.

É um direito dos bolsonaristas fazer oposição ao governo do Lula, porque foi este o papel que as urnas lhe reservaram. Gritar será o máximo que poderão fazer, porque nova eleição só em 2026. Até lá, governa o Lula.

Um amigo que transita perto da vice-governadora Mailza Gomes comentou ontem que não se dá um passo onde está instalado o seu gabinete, sem topar num Pastor evangélico (sic). Nada contra os evangélicos, desde que sejam competentes, tudo normal.

Depois da derrota de ambos na última eleição, os irmãos Werles Rocha e Mara Rocha tomaram um chá de sumiço da política. Se recolheram.

Outra que sumiu – errou em disputar o Senado – foi a ex-deputada federal Vanda Milani (PROS). Tinha tudo para ser reeleita. Não deu mais um pio político.

Conversando ontem, com um amigo eleito deputado por Cruzeiro do Sul, este disse que chega ser impressionante nas conversas com eleitores nos bairros, as manifestações de apoio à candidatura da médica Jéssica Sales (MDB) a prefeita, no próximo ano.

As brigas entre as diversas correntes do PT, acabaram como que por um encanto. Nada que uma varinha de condão do Jorge Viana com cargos federais não resolva uma quizumba.

Pode-se criticar o que se quiser do PT, mas quando estão no poder não deixam de agasalhar os que são de casa. Os aliados de outros partidos mandam às favas. Sempre foi assim.

A PF apreendeu um caminhão com toras de madeira retiradas ilegalmente da Reserva Chico Mendes. Depois, esses devastadores são os primeiros a protestar que estão sendo perseguidos pela política ambiental do IBAMA. E alguns políticos ainda embarcam na canoa furada para defender essa turma.

“Na política, os adversários de hoje são os aliados de amanhã”. Máxima da política mineira.