Assistimos nesta terça-feira (18/4), mais uma vez, a lama ser chafurdada no parlamento brasileiro pelo Senador Pacheco, presidente do Congresso, quando, atendendo a pedido (ordem?) do governo Lulista, adiou mais uma vez a realização da sessão que obriga a instalação da leitura da CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Investigação que tem como alvo a apuração dos eventos do dia 8 de janeiro deste ano, quando, pelas palavras dos governistas e da Justiça, houve (não vale rir) uma tentativa de golpe de estado, sem armas, sem partidos, sem militares, sem líderes, sem nada.
Retardando a abertura dos trabalhos no Congresso, o Pacheco, em conluio com governistas, pretende mais uma vez dar prazo para que o governo aja “convencendo” mentes, oferecendo (já foi amplamente denunciado) vantagens para manter fora quem não assinou e para retirar os que assinaram o pedido de CPMI. Paradoxalmente, o ofendido está desesperado para que os fatos não sejam apurados. É um escracho.
Segundo o Senador Marcos do Val (VER AQUI), há provas de que o governo Lula sabia bem antes que os fatos poderiam ocorrer e se omitiram, permitindo que as instituições fossem vandalizadas para em seguida transformá-la em um Capitólio à brasileira, e desmoralizar o movimento pacífico e orgânico que se realizava há dois meses no DF. Ato contínuo, a justiça atuou criando uma espécie de Gulag, onde concentrou quase duas mil pessoas, sendo que a maior parte sequer desceu a esplanada. A conta-gotas, o ministro do stf (minúsculo mesmo) foi soltando crianças, doentes, idosos e até cachorros presos. Hoje, três meses depois ainda há centenas de inocentes presos e processados como terroristas.
Algo que considero inaceitável é que nossos representantes decidam tudo em Brasília sem dar satisfações ao próprio eleitorado. Os que assinaram a CPMI de 8 de janeiro, coerentemente explicam que os fatos do dia 8/1, que atingiram gravemente as instalações do Congresso, do STF e do Executivo, tem grande importância e repercussão política dada pelo próprio governo – tentativa de golpe, tem repercussão material – destruição de patrimônio público e repercussão legal – prisão de centenas de pessoas; A CPMI é, portanto, plenamente justificada e necessária. Algo com essa magnitude não pode ser escondido em processos de apuração sigilosos ao ponto do Lula mandar esconder imagens dos atos de vandalismo.
E os que não assinaram? Bem, estes estão caladinhos, com a exceção de um ou outro que por dever de ofício sugerem que a CPMI não é oportuna porque o judiciário já está apurando. Será? Se está mesmo apurando devidamente, qual o problema da CPMI? Sabemos todos que no ano passado ficamos meses suportando gente da qualidade do Omar Aziz e Randolfe Rodrigues buscando cabelo em ovo, interrogando e abusando intelectualmente de mulheres, ofendendo-as na CPI da Covid, tudo isso em condições ainda piores porque além de estar havendo apurações, era ano eleitoral, naturalmente conturbado. Os outros, que incluem quatro deputados e um senador do Acre fazem a “egípcia” e emudecem, como se os seus eleitores não estivessem acompanhando tudo. Pois aviso que estão e cobrarão essa posição nas próximas eleições. A sua obrigação como representante do povo é explicar suas escolhas, não adianta se esconder atrás deste biombo vazado, todo mundo está vendo. Os que assinaram e depois retiraram a assinatura (nenhum acreano), obviamente o fizeram em troca de vantagens que não confessam.
Como a sessão da terça-feira foi adiada para o dia 26/4, há tempo ainda para quem não assinou o pedido de CPMI repensar e cuidar de cumprir com sua obrigação. Pelo menos, explicando sua ação/omissão perante os fatos mais importantes da democracia nas últimas décadas (uma tentativa de golpe, no dizer do Governo). Espero sinceramente que saiam do comodismo oportunista e o façam.
É claro que mais 10 dias de procrastinação dado pelo Pacheco é tempo suficiente para que o presidente Lula, como usual, tente comprar consciências ou, por outra via esvaziar a CPMI, afinal, foi para isto o adiamento, mas é tempo também para que outros deputados, de modo legítimo, sejam pressionados por seus eleitores e tomem uma atitude digna e respeitável assinando o pedido.
Sem querer ser repetitivo, dado que este mesmo tema já foi tratado nesta coluna anteriormente, quero sugerir aos nossos parlamentares que façam uma visitinha de cortesia aos acreanos que foram presos naquela cilada do dia 8 de janeiro. Conversem com eles, com suas famílias, tomem informações sobre como tudo ocorreu, larguem seus gabinetes e suas pautas de vereadores federais ou de wokeismo escancarado, e vejam com seus próprios olhos que aquelas pessoas não podem passar para a história, para seus filhos e netos como terroristas porque isso é flagrantemente falso. O próprio direito brasileiro manda que as condutas sejam individualizadas. Quem depredou, vandalizou etc., infiltrados ou não, que sejam penalizados, obviamente obedecido o devido processo legal e o direito à ampla defesa. O corte raso da justiça não pode decepar cabeças de idosos e mulheres inocentes, enquanto alguns parlamentares se ausentam de suas obrigações e pensam apenas no próprio umbigo e nas próximas eleições.
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