A tentativa desesperada de inverter a responsabilidade pelos ataques antidemocráticos ocorridos em 08 de janeiro surge justamente quando o Supremo Tribunal Federal (STF) forma maioria para tornar réus os denunciados pelos ataques.
O Bolsonarismo, derrotado nas urnas, pretende colocar uma cortina de fumaça sobre os desdobramentos, que devem incluir a abertura de ações penais com nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além de interrogatórios dos réus.
Muitos dos que participaram dos atos, a partir do momento em que se tornarem réus de ações penais, devem começar a cooperar com as investigações. Em troca de penas mais brandas, esses indivíduos irão revelar não apenas os financiadores, mas principalmente os mandantes, o que pode levar ao ex-presidente.
Com o cerco se fechando, Jair Bolsonaro e o Bolsonarismo já preveem a inelegibilidade e a possível prisão do ex-presidente, que parece cada dia mais certa! Portanto, valem-se do tumulto político como artifício para tentar postergar o inevitável.
Sobre o general do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), fico com a observação de Luiz Nassif: “As explicações do general são verossímeis. Foi até o terceiro andar, onde fica o gabinete do Presidente, e convenceu os manifestantes a descerem até o segundo andar, onde estava armado o alçapão para prender os invasores.”
Por fim, vale lembrar que não existe um único preso na invasão dos três poderes ou nos acampamentos que tenha qualquer ligação com o Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, há farto material de bolsonaristas conhecidos, produzido por eles mesmos, comentando crimes contra a democracia brasileira.