Tudo para sair por cima 

O governo do Gladson Cameli foi salvo no primeiro mandato pela sua ação meritória na pandemia, quando ficou a favor da ciência, da vacina, e contra os malucos negacionistas, que achavam, que podia se curar da Covid-19 tomando remédio para verme e malária, como pregava o destemperado ex-presidente Bolsonaro. Fora isso, não há nada que possa se destacar como de fundamental importância nos primeiros quatro anos da sua administração.

Nesse segundo mandato refez pontes quebradas, e hoje tem o apoio dos três senadores, dos oito deputados federais e de oitenta por cento dos parlamentares da ALEAC. Quando tudo parecia que voaria em céu de brigadeiro, então, veio a alagação, uma das maiores do estado. E ainda tem de lidar com as agruras da operação Ptolomeu. Mas ainda tem três anos a favor para fechar o seu governo com um saldo positivo de realizações. E, apoio político é o que não vai lhe faltar. Inclusive, no plano do governo federal, se aproximou do governo Lula, de quem foi adversário na última eleição.

Na política, ser pragmático para quem governa, é essencial. E, o Gladson aprendeu isso.

O deputado Afonso Fernandes (PL), se registre, foi um dos que lutou na ALEAC para a recuperação do Arena da Floresta.

Pessoas já foram presas, estão virando réus, novas prisões estão acontecendo, enfim, a justiça está agindo contra os que vandalizaram as sedes do Judiciário, Legislativo e Executivo. E os nossos bravos políticos federais querem por uma tosca politicagem abrir uma CPMI para apurar os fatos. Pura discussão do sexo dos anjos. Não vão apurar nada.

Na verdade, querem os holofotes da mídia para as discussões estéreis e rasas que virão nessa ópera-bufa.

O estatuto da APEX sacou a exigência de falar fluentemente inglês para alguém ocupar sua presidência. Por mais que o Jorge Viana explique, não vai fugir que foi um ato fisiológico para lhe beneficiar. Pelo que me informaram o máximo que o JV sabe falar em inglês, é o tradicional: “The book is in on the table.”

Depois da reunião com o TCE e MP, e o secretário de Educação, Aberson Carvalho, ficar responsável para recuperar o destruído estádio Arena da Floresta, acredito agora que virá a solução. O Aberson é atuante em tudo que faz.

Depois que a obra estiver concluída, espera-se que possa se colocar para gerir alguém com ligação efetiva com o esporte, e que possa tocar a sua programação com independência e nunca mais ceda o espaço para campeonato de peladeiros. Até que enfim, o governo acordou para acabar com o pardieiro que virou o Arena.

Uma boa notícia sobre a farra do aumento salarial dos vereadores e da cota de seus gabinete: o MP entrou no caso. O que se quer saber, é só uma coisa: foi legal ou não? A Procuradoria da Câmara diz que foi ilegal. A posição do MP vai clarear de vez a questão.

O deputado Tanízio de Sá (MDB) quer mudar o Código Florestal para aumentar o teto do desmatamento na Amazônia. Esquece. O tempo do passa a boiada acabou com a derrota do Bolsonaro. A política ambiental agora é outra. O presidente é o Lula.

A Câmara Municipal de Rio Branco é um túmulo, no que diz respeito ás críticas ao prefeito Bocalom. O maior crítico hoje da gestão do Bocalom é o deputado Emerson Jarude (MDB), que faz o duplo papel de deputado e vereador.

O ex-prefeito Marcus Alexandre (sem partido) é apontado pelos mais diversos segmentos políticos, como vencedor da próxima eleição da PMRB. Em política, o buraco é mais embaixo, tem de ver o comportamento dos adversários. Favoritismo é momento. Já vi candidato favorito perder a eleição, para um candidato que começou a campanha na rabada. Vamos baixar a bola, está muito alta.

Nada vai explicar o prefeito de um dos municípios mais pobres do estado, Rodrigues Alves, com demandas por toda a cidade, contratar por 310 mil reais o cantor Amado Batista. A explicação dada pelo prefeito, foi uma emenda que saiu pior do que o soneto.

A ser confirmado para hoje no STJ a ação impetrada pelos advogados do governador Gladson que pede a nulidade da operação Ptolomeu, abrem-se dois caminhos para o governador: ou fica livre do inquérito ou este continua e ele pode virar réu.

A contratação pelo deputado Tanízio de Sá (MDB) do assessor mais próximo do ex-prefeito Marcus Alexandre, é um indicativo que o MDB o quer como candidato a prefeito em 2024. Vai trombar com o deputado Emerson Jarude (MDB), que também postula ser candidato a prefeito de Rio Branco. A unidade passa longe do MDB.

A deputada Antônia Sales (MDB) sempre brigou pela melhoria do atendimento na área de saúde em Cruzeiro do Sul e região do Juruá. Muito do que foi conseguido para a região, é fruto da sua briga na tribuna da ALEAC.

O Lula perdeu feio nas regiões onde o agronegócio é forte. Com o MST retomando a invasão de fazendas produtivas, vai piorar a sua aceitação nessas áreas.

O ex-candidato a deputado federal Israel Milani, garante que o seu grupo político, que tem a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem; e o deputado Tadeu Hassem (Republicanos); terão candidato próprio a prefeito de Epitaciolândia.

“Nada mais cretino e cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem”. Nelson Rodrigues.