Projeto no Acre ajuda dependentes químicos e alcoólatras a buscarem saída do vício

O número de pessoas dependentes de álcool e outras drogas nas ruas de Plácido de Castro, município no interior do Acre, aumentam a cada dia. Pensando em ajudar com essa problemática, um grupo de religiosos se uniram voluntariamente em preocupação com essas vidas.

Chamado de ‘Projeto Amigos na Dor’, a ação social que funciona sem ajuda do poder Público, está voltada ao apoio espiritual, familiar e ainda é feito a entrega de alimentos e cestas básicas.

As buscas ocorrem de forma simples, em encontros ocasionais. Sem nada forçado ou pedido para participar da igreja. Muitas vezes são feitos a leitura da bíblia e cantado hinos evangélicos ao ar livres, para a reflexão

“Eu estava bebendo, agora escutei a palavra de Deus. Mas eu quero parar, porque eu acredito que o Senhor é maravilhoso”, abordou, Marlon Ferreira.

“Amar o próximo”, disse a cristã, Maria Verônica, quando explicou quais os motivos que levaram para a criação da iniciativa. Hoje a atividade é agradecida por muitos membros. Alguns deles fazem parte dos que foram resgatados do abandono e agora trabalham juntos, em busca da libertação dos vícios dos amigos que continuam nas ruas.

“Eu fui um deles. Dormi várias vezes naquele chão. Vivia jogado. As pessoas do projeto vinham até aqui e me davam um concelho, uma palavra de conforto para que eu saísse dessa situação”, declarou Sandro.

Preso naquela situação, o homem escrevia cartas para Deus e após ser desafiado, caso conseguisse ficar 90 dias sem bebidas alcoólicas, ele ganharia uma bicicleta, ele topou e está há quatro meses longe da dependência. “Hoje minha família pode ficar sem preocupação, eu fiz um acordo com Deus e agora irei honrar minha palavra”.

Durante os cultos, em respeito ao trabalho feito pelos voluntários, donos de bares da cidade fecham os estabelecimentos. “Alguns ainda chegam para comprar, mas eu não vendo. Porque tem que ter o acordo com as pessoas e eu gosto de ouvir a palavra. Aí eu fecho o bar e depois que acaba, que eu retorno o atendimento”, disse um comerciante.

Veja o vídeo.

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