Foto: Whidy Melo/ac24horas
A secretária municipal de educação em Rio Branco, Nabirra Bestene, disse hoje em entrevista que a pasta pretende, além de pedir o reforço das rondas policiais em escolas, oferecer cursos ao funcionários de como se comportar durante ataques violentos em escolas. A informação foi dada durante o anúncio de reinício do ano letivo que havia sido suspenso por conta das alagações.
Segundo a secretária, desde um criminoso invadiu uma creche em Blumenal (SC) e matou 4 crianças com uma machadinha no último dia 04 de Abril, desencadeando uma série de ataques e ameaças em todo Brasil, a Secretaria Municipal de Educação tem se reunido para elaborar um plano de segurança para que todos dentro de um ambiente escolar saibam como agir em casos como esse.
“A gente nunca espera que isso aconteça, mas temos que estar preparados para isso. A população fique tranquila, pois não estamos dormindo no ponto, estamos preocupados e temos conversado com o gabinete militar do prefeito para saber como devemos agir”, disse Nabirra.
Ontem, 12, o governo federal publicou um edital para o fortalecimento do programa de segurança nas escolas. O documento visa a liberação de 150 milhões de reais que serão utilizados para ampliar o monitoramento policial entorno das escolas brasileiras. É com uma fração deste recurso que Nabirra Bestene espera poder contar para pôr em prática o novo plano de segurança para as escolas da rede municipal em Rio Branco.
As aulas na rede municipal de ensino retornam na próxima segunda-feira, dia 17.
As medidas adotadas nos EUA para combater massacres em escolas
Nos EUA, país que lidera o ranking de ataques violentos em escolas, são comuns os exercícios de simulação de tiroteios, em que alunos e professores praticam rotas de fuga e medidas como trancar portas de salas de aula com cadeiras ou mesas.
A ideia foi recebida com resistência por associações de professores, que argumentam que esses profissionais já têm uma carga enorme de responsabilidades e, além disso, mesmo com treinamento, poderiam acabar ferindo estudantes por acidente. Os opositores da ideia observam que mesmo policiais altamente treinados cometem erros em situações que exigem ação rápida.
Mas apesar da resistência, em pelo menos 14 Estados americanos adotam a prática de armar professores e funcionários em algumas escolas e distritos escolares, principalmente em zonas rurais, onde a polícia levaria mais tempo até chegar ao local de um suposto ataque.
Fonte: BBC