Depois de períodos de oscilação de nível, o Rio Acre apresentou vazante em todas as cidades no seu curso a partir de Rio Branco, a montante (para cima) nas últimas 24 horas – Xapuri, Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil, onde a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) tem estações de coleta de dados.
De acordo com o Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Acre publicado na manhã desta quarta-feira, 5, pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), o nível do Rio Acre baixou para 17,07 metros e provavelmente atingirá a cota de 16,75 metros às 6 horas desta quinta-feira, 6 de abril.
Após os picos da atual enchente serem registrados nas cidades acima da capital, o rio apresentou vazante que foi interrompida, horas depois, por nova elevação, e, menor nível. Essa situação preocupava a Defesa Civil em Rio Branco, onde a diminuição do nível demorou a chegar.
A enchente causou danos e desabrigou milhares de famílias nas cidades por onde o Rio Acre passa. Dessas, sete publicaram decreto com pedido de reconhecimento de situação de emergência. Apenas na capital foram cerca de 75 mil pessoas atingidas diretamente pela segunda maior enchente da história.
Apesar da vazante, a Defesa Civil adota cautela ao falar da possibilidade de volta para casa das milhares de pessoas desabrigadas pela cheia. Ao ac24horas, Cláudio Falcão, coordenador do órgão em Rio Branco, declarou que ninguém volta para casa antes do rio baixar da cota dos 13 metros.
“A gente sabe do desejo das pessoas de voltarem para suas casas, mas não podemos ser irresponsáveis. O retorno dessas famílias só vai acontecer quando tivermos uma cota de segurança, que é abaixo dos 13 metros”, afirmou o coordenador em material assinado pelo jornalista Leônidas Badaró.
