O programa Bar do Vaz recebeu nesta sexta-feira, 31, o senador da República Márcio Bittar (União Brasil), que falou sobre política local e nacional e abordou a tragédia que assola milhares de acreanos em meio à enchente do Rio Acre. Durante a entrevista com o jornalista Roberto Vaz, Bittar deixou claro que buscará em seu mandato um ponto de convergência entre ele, a ministra de Meio Ambiente Marina Silva e o presidente da Agência Nacional Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), Jorge Viana.
Inclusive o senador terá uma reunião com a ministra para propor que ela dê seguimento à proposta de revitalização do Igarapé São Francisco. “Hoje o Acre tem orçamento. Vamos propor parceria para fazer uma obra que vai resolver o problema gravíssimo que é a transformação do Igarapé São Francisco num esgoto a céu aberto. E isso também vale para o Rio Acre”, disse o parlamentar.
Márcio apontou uma preocupação, que é a perda de dinheiro de emenda parlamentar por falta de projetos do estado ou por falta de cumprimento de prazos. “O governo passou quase cinco anos para fazer uma entrega na educação, que foi idealizada no primeiro ano do governo Gladson. Não vejo que o governo tenha se preparado para esse aumento de valor nos recursos”, destacou.
Hoje, a bancada acreana tem em torno de R$ 700 milhões por ano para enviar ao Acre. “Não se preparar para absorver esse dinheiro é um pecado. Não vejo o governo com uma equipe afiada para não perder prazo e isso me preocupa muito. Não adianta comprar sacolão, se deixa voltar milhões”, pontuou o senador.
Dados apresentados pelo parlamentar indicam que de 2008 a 2020 o Acre perdeu cerca de R$ 91 milhões na área da saúde que o estado não conseguiu absorver por falta de projeto.
O senador ainda comentou a diferença de pensamentos a respeito da BR-364. Para ele, a estrada não foi criada para acabar em Cruzeiro do Sul, mas para seguir até Pucallpa, no Peru.
“Adoraria ter com o Jorge Viana e vou tentar com a Marina uma área de convergência na área rural, algum ponto de convergência, só que é difícil. Se ele aceitasse dar um passo para lá e eu para cá, em nome do Acre, pois existem assuntos que não são ideológicos”, disse Bittar.
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