O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), Danilo Lovisaro, foi o convidado do Bar do Vaz desta quarta-feira, 29, onde esclareceu o trabalho da instituição diante do recente desastre natural que vem afetando milhares de famílias no Acre.
Com a enchente de igarapés e do Rio Acre, o MPAC passou a integrar o movimento que atua diretamente como fiscalizador e orientador, estando presente nas áreas afetadas e nos abrigos públicos montados pelo governo estadual e municipal.
O órgão, conhecido por acolher denúncias, também abraça as causas solidárias. “Já temos um grupo permanente de atuação nessa área do enfrentamento aos desastres, que foi reativado desde o início deste ano, em janeiro, que é o Grupo Especial de Apoio e Atuação para Prevenção e Resposta a situações de emergência ou estado de calamidade devido a ocorrência de Desastres (GPRD)”, explica Lovisaro.
Os eventos climáticos extremos vêm acontecendo cada vez mais com as mudanças climáticas, por isso, o procurador-geral de Justiça montou uma que vem atuando desde a primeira grande enxurrada ocorrida na última semana, com a subida repentina do Igarapé São Francisco, em Rio Branco.
“O trabalho de acolhimento é realizado pelo estado e município, com plano de atuação de contingência e, através dele, mobiliza os grupos de atuação, que montam os abrigos. É importante que todos os gestores apliquem os recursos [públicos] de forma correta”, destacou.
Para o procurador-geral, é de fundamental importância as fiscalizações que o MPAC vem fazendo nos abrigos. “E eu estando lá, enquanto chefe da instituição à frente desse trabalho, junto com os promotores, procuradores e servidores do Ministério Público”, destaca.
De sábado (25) até o meio-dia desta quarta-feira, cerca de 80 fiscalizações foram realizadas pelas equipes do MPAC nos abrigos do estado e do município. “Temos também uma sala montada no Parque de Exposições para coibir qualquer atitude criminosa, bem como um grupo de promotoras da área da Infância e Juventude, além de existir policiamento nos abrigos”.
Lovisaro acredita que o Acre precisa neste momento de uma visão de futuro para amenizar a problemática da alagação à população. “Uma união maior entre as instituições, trabalhar de forma conjunta, fazer uma grande articulação envolvendo todas as instituições para que a gente pense realmente num Acre melhor”.
Assista a entrevista na íntegra:
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