Subiu para 15 o balanço de mortos pelo forte terremoto que sacudiu Equador e Peru no sábado (18), conforme o mais recente boletim oficial, enquanto, neste domingo, o papa Francisco pediu orações pelas vítimas e seus familiares.
O terremoto de magnitude 6,5 ocorreu às 12h12 locais (16h12 de Brasília) e teve seu epicentro no município equatoriano de Balao e a uma profundidade de 44 km.
No Equador, pelo menos 14 pessoas morreram nas províncias de El Oro e Azuay.
No Peru, o governo do departamento de Tumbes, na fronteira com o Equador, informou que uma menina de quatro anos morreu, após ser atingida por um tijolo na cabeça.
Ontem, o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, percorreu os territórios afetados e prometeu que a emergência será atendida “de maneira imediata”.
O governo disponibilizou “todos os recursos financeiros com caráter de urgência para que (…) se comecem os trabalhos para atender os danos causados em edifícios privados e públicos”, disse ele, em uma reunião com políticos locais.
As autoridades fazem obras em estradas de Azuay, onde o tremor provocou 22 deslizamentos de terra que impedem o tráfego de veículos.
Solidariedade
Do Vaticano, em sua tradicional oração do Ângelus, o papa Francisco pediu que se reze pelas vítimas e por todos os desabrigados.
“No Equador, um terremoto causou mortos, feridos e danos extensos. Estou próximo do povo equatoriano e asseguro minhas orações pelos falecidos e por todos os que sofrem”, afirmou.
Também neste domingo, o governo brasileiro expressou sua solidariedade pelas perdas humanas e materiais no Equador e no Peru, somando-se ao apoio que o Chile já havia manifestado no dia anterior.
O Brasil “afirma sua disposição de prestar toda a cooperação possível às autoridades desses países para responder a emergências humanitárias”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
Em nota divulgada ontem, o governo do Chile expressou sua “solidariedade” com as vítimas no Equador e afirmou que, até aquele momento, não havia relatos de chilenos afetados pelo terremoto.
Pelo menos 360 prédios foram destruídos, ou afetados, pelo terremoto no Equador, segundo o Ministério das Comunicações.
No centro histórico de Cuenca, houve danos em algumas casas antigas. Algumas estradas perto do município foram bloqueadas por deslizamentos de terra. Outras cidades também sentiram o tremor, como Quito, Manabí e Manta, segundo usuários nas redes sociais.
Em Tumbes, o terremoto deixou 46 pessoas afetadas e 12 casas danificadas, indicou um relatório oficial. Segundo o Instituto Geofísico do Equador, a magnitude do terremoto foi de 6,5.
As autoridades sismológicas peruanas informaram, inicialmente, uma magnitude de 7,0, mas horas depois a baixaram para 6,7. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) estimou em 6,8.
Dois por ano
A memória do devastador terremoto de 2016 segue no ar no Equador. Com uma magnitude de 7,8, o sismo deixou 673 mortos e destruiu localidades costeiras, com perdas próximas dos US$ 3,3 bilhões.
“É uma magnitude relativamente alta para o que temos no país. Na área do golfo de Guayaquil, temos tido, mais ou menos desde 2017, cerca de dois terremotos com magnitude superior a 5,0 por ano”, afirmou o diretor do Instituto Geofísico equatoriano, Mario Ruiz, em entrevista à rádio FM Mundo.
Segundo o Instituto Oceanográfico e Antártico da Marinha do Equador, o tremor “não reúne as condições necessárias para gerar um tsunami” no Pacífico.
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