As mortes violentas intencionais ocorridas no 1º bimestre de 2023 são 37,5% superiores se comparadas ao total ocorrido no mesmo período de 2022: nos dois primeiros meses deste ano foram registrados 33 MVIs e, em 2022, 24. Os dados constam da pesquisa divulgada nesta 3ª semana de março pelo Observatório de Análise Criminal do Ministério Público Estadual.
Através do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) o Observatório diz que do total de 33 assassinatos ocorridos no 1º bimestre de 2023 no Acre, 14 são resultado do conflito entre facções e questões envolvendo drogas. Esse número representa 42,4% do total de mortes violentas intencionais ocorridas em 2023. Ou seja: o banho de sangue entre organizações criminosas continua e aponta para um recrudescimento neste começo de ano.
Entre outros números, o Observatório traz o dado que não houve nenhum feminicídio no período no Acre.
O Observatório sempre lembra que em 2017 a capital acreana ocupou o topo do ranking das capitais com uma taxa de 83,5 MVI para cada grupo de 100 mil habitantes, conforme demonstra a publicação do 12º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No entanto, em 2018, a taxa de MVI em Rio Branco caiu 30% em relação a 2017, assim como em 2019 apresentou uma taxa 22% menor que a taxa de 2018. Em 2020, Rio Branco voltou a apresentar aumento, porém, com menor significância, (4,3%), sendo que em 2021, a taxa apresentou a expressiva queda de 48%, ou seja, caiu de 48,4 para 25,3 vítimas de MVI para cada grupo de 100 mil habitantes da capital. Em 2022, a taxa apresentou, pelo segundo ano consecutivo, redução satisfatória, diminuindo em 9% em relação a 2021.