PF pediu afastamento de Gladson, prisões de pai e irmão, mas MPF e STJ negaram

Na tarde da última quarta-feira, 15, a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou a liberação dos autos da terceira fase da Operação Ptolomeu que investiga uma suposta organização criminosa no governo do Acre, para que os advogados dos 89 alvos da ação policial na semana passada possam saber os motivos por quais os seus clientes tiveram medidas cautelares determinadas pela justiça como busca e apreensão, bloqueio de bens e até mesmo apreensão de passaporte.
O ac24horas teve acesso a trechos do relatório da Polícia Federal que mostra que os investigadores pediram a prisão preventivas de nove alvos, entre eles o pai do governador Gladson Cameli, o empresário Eládio Cameli, dono da Etam Engenharia, e o irmão, Gledson Cameli, dono da Rio Negro.
Os donos da Murano, Gabriel Larcher e Hudson Marcelo Amaral de Souza também foram alvos de pedido de prisão. Outro alvo de pedido de prisão foi o dono da Atlas Engenharia, João Paulo Alves do Nascimento. A PF entendeu também que Rodrigo Manoel de Oliveira Souza, representante do consórcio Murano e Rio Negro, e Cícero Furtado da Rocha, apontado como operador financeiro juntamente com Eduardo Braga da Rocha e Jeferson Luiz Pereira de Oliveira também deveria ser presos preventivamente, mas os pedidos foram negados pelo Ministério Público Federal e ainda teve chancela da Ministra Nancy.
A Polícia Federal ainda chegou a pedir o afastamento de Gladson da função de governador, por entender que ele seria o grande beneficiário do suposto esquema instalado no governo do Acre, mas a sugestão também foi negada pelo MPF e pelo STJ. “Registro que, embora haja fundados indícios de que o Governador integre organização criminosa investigada neste Inquérito, tendo possível ciência dos diversos crimes contra a Administração Pública praticados por servidores públicos e sendo, inclusive, supostamente beneficiário de grande soma de recursos públicos desviados do erário e que são incorporados ao seu patrimônio por meio da apontada prática de crimes de lavagem de dinheiro, constato, na esteira do parecer ministerial, que não se revela necessário, no presente momento, o afastamento do citado mandatário”, argumentou a ministra.
Mesmo negando o afastamento do governador, Nancy deferiu o afastamento de 26 agentes públicos, entre eles secretários de Estado, cargos comissionados, militares e até mesmo servidores de carreira, por estes serem apontados como pessoas que fazem parte da suposta organização criminosa dentro do governo. Ana Paula Cameli (Primeira-Dama), Ricardo Augusto França (Chefe da representação do Acre em Brasília), Anderson Abreu de Lima, Rosangela da Gama Pereira Pequeno, Sebastião da Silva Rocha, Amarildo Martins Camargo, Eduardo Braga da Rocha, João Lima de Souza, Jefson Luiz Pereira de Oliveira, Petronio Aparecido Chaves Antunes, Rostenio Ferreira de Souza, Luiz Victor Bonecker, Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, José Rafael da Silva, Saymo de Paula Silva, Fernanda de Souza Lima, Daniel Braga da Rocha, Nathan Muniz de Oliveira, Jader Maia Sobrinho, Carlos Augusto da Silva Negreiros, Francisco Jurandir de Lima Victor, Luis Miguel de Oliveira Aguiar, Narah Gleid Mazzaro Nascimento, Ociraldo Florencio de Souza Junior foram afastados de sua funções, proibidos de ter contato cum com o outro e de ter acesso a órgãos públicos.
Consultando especialistas, a reportagem apurou que pelo menos dois relatórios pedindo uma série de cautelares foram expedidos pela Polícia Federal. Um de junho de 2022, antes da eleição, e outro em outubro de 2022, pós-eleições, em que o governador Gladson Cameli foi reeleito.
As empresas ligadas a família do governador, a Etam, de Eládio, e a Rio Negro, de Gledson, estão com suas atividades suspensas por 90 dias, conforme determinação da Ministra do STJ. A mesma restrição foi dada às empresas Murano, Atlas, Acacia, T Ferreira Souza M.E, Aquiri Engenharia, GB Viana LTDA e Marie Construções. Todos os seus sócios também então impedidos de participarem de licitações com o poder público, inclusive o empresário Rudilei Estrela, responsável por ser o alvo que batizou o nome da operação.
Consultados, os advogados do governador disseram que as novas medidas foram apenas uma tentativa de requentar uma investigação que não conseguiu chegar a resultados concretos, que em mais de um ano não conseguiu produzir uma denúncia sequer.

A prefeitura de Rio Branco, anunciou nesta quarta-feira, 29, a interdição da passarela do Parque Jardim São Francisco, que teve parte do trecho comprometido em decorrência do transbordamento do Igarapé na área.
O local exclusivo para pedestre, está com a falta de piso. Na última semana, um motociclista que não se atentou aos perigos, se acidentou no espaço.
“A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (RBTrans) tomou ciência do ocorrido no início da noite da terça-feira, 28 e uma equipe foi encaminhada para fazer a sinalização do trecho. Posteriormente, houve a interrupção de 100% da passagem”, declarou a administração municipal.
De acordo com o diretor de Trânsito da RBTrans, Elton Dantas, neste momento com problemas de alagação, é preciso ter a consciência dos usuários em respeitar as sinalizações.
“Existem vários pontos na cidade de interdições por conta das áreas alagadiças e de desmoronamentos de barrancos, pontes e passarelas. É de suma importância que todos respeitem a sinalização existente nos locais, seja pedestre, motociclista ou motorista. Isso indica que ali tem um perigo”, explicou.

Policiais da Companhia Rotam, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PMAC, interromperam na tarde desta terça-feira, 28, uma reunião de faccionados que acontecia em uma residência no bairro João Paulo II, em Rio Branco. Como resultado, cinco criminosos foram presos, um menor e uma arma de fogo com munições apreendidos.
Os militares, cientes de confrontos entre facções rivais que atuam na região, receberam denúncia de que vários individuos estariam armados em via pública, ostentando material bélico e amedrontando a população. Segundo as denúncias, os criminosos se reuniam na casa de um monitorado, que foi posteriormente identificado pela guarnição.
A equipe policial apurou que a reunião de criminosos tinha o objetivo de arquitetar um ataque coordenado aos faccionados rivais. Ao se aproximar da casa para realizar o cerco, a guarnição observou um dos homens entrando com a mão na região da cintura, enquanto outros cinco tentaram fuga pelos fundos, dois deles portando armas de fogo.
Os cinco fugitivos foram capturados, no entanto conseguiram se livrar de uma das armas. Ao final da ocorrência, a polícia apreendeu um revólver calibre .38 com doze munições, e um menor de 16 anos que participava do encontro criminoso. A ocorrência foi conduzida à Delegacia de Flagrantes para os devidos encaminhamentos.

A força da correnteza do Rio Acre em Xapuri trouxe mais um transtorno à população atingida pela enchente. A adutora que leva água tratada ao bairro Sibéria, na outra margem do manancial rompeu e deixou toda a comunidade sem fornecimento.
A direção do Saneacre na cidade informou que as providências para minimizar as dificuldades impostas aos moradores já foram tomadas, como o envio de caixas d’água e mangueiras para abastecer a população.
Além de desabrigadas e desalojar mais de duas centena de famílias, a enchente do Rio Acre na cidade já causou vários transtornos, como a transferência do hospital e do quartel da Polícia Militar na cidade.
Na manhã desta quarta-feira, as águas atingiram a estação da Agência Nacional de Águas (ANA) e o nível já está na última régua, na casa dos 15 metros, instalada na margem do rio, na rua 6 de Agosto.

O clima ficou tenso na sessão desta quarta-feira, 29, e chegou a haver um pequeno bate boca entre os vereadores N. Lima (PP) e a vereadora Lene Petecão (PSD) dentro do plenário da Câmara Municipal.
A situação ficou tensa após o vereador João Marcos Luz (MDB) repercutir uma reportagem nacional acerca dos desdobramentos da Operação Ptolomeu. O capitão N. Lima usou uma parte do discurso de João Marcos e resolveu defender a honra de Cameli. “Vou esperar o trabalho da justiça, mas até então, ele não foi condenado”, declarou.
Em seguida, Lene subiu a tribuna e disse que não tem político de estimação e teceu críticas ao governador Gladson Cameli. “O que ouvi aqui é uma aberração. É um absurdo a pessoa ganhar pouco mais de R$ 200 e ainda ter que fazer um cadastro. É uma esmola que o seu governador amigo pessoal deu ao povo. Eu não tenho amigo e nenhum político de estimação”, retrucou.
Ao fim da sessão, Lene e N. Lima foram flagrados tendo uma discussão acerca do tema levantado no parlamento.
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