O fluxo de imigrantes no Acre tem sido objeto de atenção nacional e internacional nos últimos anos, quando esse movimento teve vários momentos de crescimento e diminuição. O estado faz fronteira com o Peru e a Bolívia, o que torna a região uma rota de trânsito para migrantes que buscam refúgio ou melhores oportunidades de trabalho em outros países ou em outras regiões do Brasil.
Recentemente, a crise política no Peru parece ter contribuído para o aumento da chegada de estrangeiros à cidade de Assis Brasil. A maioria dos imigrantes que chegam ao Acre vem de países como Haiti, Venezuela, Colômbia e países africanos, e muitos deles enfrentam situações precárias devido à falta de recursos financeiros e apoio governamental.
Na última semana, em Assis Brasil, o abrigo para estrangeiros de passagem pela cidade atingiu a lotação máxima, segundo informações do prefeito Jerry Correia. Segundo ele, de janeiro a fevereiro o número de imigrantes que passaram pela cidade subiu de 100 a 500 pessoas, fluxo que causou lotação nas casas de apoio existentes em Brasiléia e Rio Branco.
O governo do Acre tem buscado fornecer assistência aos imigrantes, incluindo serviços de saúde, educação e ajuda humanitária. No entanto, a falta de recursos e a falta de infraestrutura adequada continuam a ser grandes desafios. Muitos imigrantes têm enfrentado dificuldades para acessar serviços básicos, como água, eletricidade e transporte.
Também na última semana, o governo implantou um gabinete de crise para tratar da situação por meio de diferentes abordagens, como segurança e defesa nacional, assistência social e direitos humanos, atendimento médico-hospitalar, estrutura dos abrigos existentes no estado e enviou ajuda à cidade fronteiriça.
Na última sexta-feira, 10, uma ação do governo contou com a entrega de colchões, cestas básicas e kits de higiene pessoal, na intenção de garantir assistência, recepção e acolhimento dos migrantes que chegam ao país em busca de refúgio, segundo noticiou a Agência de Notícias do Acre.
Na mesma agenda, o secretário estadual de Assistência Social, Lauro Santos, se reuniu com gestores das cidades fronteiriças, para fazer um relatório da situação das casas de passagem, que será repassado ao governo federal.
“Tivemos a oportunidade de conhecer o problema in loco, trazer ajuda humanitária e deliberar sobre a documentação dos refugiados, verificar a superlotação e a infraestrutura das casas de passagem”, declarou Lauro em matéria da agência estatal.
A avaliação feita, segundo a secretaria, indica que será necessário ampliar as casas de passagem, levar internet, cavar poços, oferecer o transporte para os refugiados seguirem viagem, dentre outras demandas estruturais nos abrigos de Brasileia e Epitaciolândia. Já em Assis Brasil será preciso providenciar uma nova casa de passagem.
Apesar dos desafios, o Acre tem sido elogiado por sua abordagem humanitária à questão dos imigrantes. O governo tem buscado criar políticas e programas que garantam os direitos dos imigrantes e refugiados e promovam sua integração na sociedade local. Organizações não-governamentais e grupos de voluntários também têm fornecido assistência e apoio aos imigrantes.
A situação do fluxo de imigrantes no Acre apresenta oportunidades para que as autoridades e a sociedade civil trabalhem juntas para fornecer assistência e garantir a integração dos imigrantes na sociedade local. A abordagem humanitária adotada pelo governo do Acre e a solidariedade da sociedade civil são exemplos positivos de como lidar com essa questão complexa e urgente.
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