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CV fatura mais de R$ 60 mil com cobranças de taxas aos comerciantes do Centro

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As organizações criminosas que atuam no Acre estão cada vez mais articuladas e em busca de capital financeiro para financiamento de armamento, munições e entorpecentes para o crescimento do chamado “governo paralelo”.


E com a chegada da nova administração da Zona Azul no centro da capital, alguns comerciantes e guardadores de veículos andam preocupados com o faturamento que deve diminuir drasticamente.

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Uma denúncia revela que isso deve ocorrer porque além dos chamados flanelinhas terem que pagar para cuidar de carros e motocicletas dos condutores que trabalham ou frequentam a área central, eles ainda têm que arcar com uma taxa de R$ 150 referente ao ponto de trabalho para a facção criminosa do Comando Vermelho. “Todo mês a gente tem que pagar esse valor para uma pessoa responsável por recolher o pagamento e com a Zona Azul ficará inviável a gente continuar pagando duas taxas, ou seja, vamos ter que tirar do bolso, muitos vão ter que abandonar”, comentou sem revelar maiores detalhes do esquema criminoso.


A reportagem do ac24horas apurou também que não são somente os flanelinhas que pagam impostos a membros do CV, mas sim, todos os comerciantes de pequeno, médio e grande porte que somam mais de 400 pessoas. Segundo um comerciante de grande porte da capital, as taxas são repassadas para que eles possam trabalhar sossegados. “Se não pagam, eles assaltam e roubam o estabelecimento na madrugada, a maioria paga e não diz nada”, desabafou.


Um breve levantamento aponta que mensalmente o mundo do crime pode faturar mais de R$ 60 mil – totalizando, supostamente, mais de R$ 720 mil anualmente.


Resposta da segurança do governo

Ao tomar conhecimento das denúncias, o secretário de segurança pública, coronel José Américo Gaia, declarou ao ac24horas que deverá tomar as devidas providências cabíveis sobre o assunto que considerou “inadmissível”.


Gaia garantiu que deverá trabalhar para identificar os líderes do esquema criminoso e dar paz aos trabalhadores da área central de Rio Branco. “Vamos retomar a patrulha diária no centro da capital e em frente aos comércios para inibir qualquer prática criminosa. Serão dois polícias, de pé, que deverão fiscalizar e dificultar a ação, mas, precisamos identificar quem comanda”, concluiu.


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