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Acreanas destacam desigualdade entre homens e mulheres

Por
Edmilson Ferreira

O estudo feito pela Famivita, empresa especializada em saúde da mulher, com mais de 2.100 participantes entre 19 de dezembro de 2002 e 2 de janeiro de 2023 mostra que 50% das acreanas destacam a desigualdade entre homens e mulheres no Estado. Em Roraima, líder desse ranking, a taxa é bem maior: 63% das mulheres destacam essa situação. Em Sergipe, o Estado de menor taxa, 22% fazem esse destaque.


O estudo diz que das timelines às mesas de bar, passando pelos seriados e as pesquisas acadêmicas a igualdade entre homens e mulheres nunca esteve tão em pauta como na atualidade e o Dia Internacional da Mulher -oficialmente comemorado em 8 de março mas no Acre o feriado foi nesta sexta-feira (9) – vem fomentar ainda mais o debate. A data, de fato, traz à reflexão questões urgentes, que repercutem nos mais variados aspectos da vida social, atravessando desde a esfera pública, o mercado de trabalho, até o ambiente doméstico.


Quando se fala em representatividade política, por exemplo, em 2022, as candidaturas femininas bateram recorde, com 33,3% dos registros nas esferas federal, estadual e distrital. Apesar disso, elas ocuparam apenas 17,3% das cadeiras no Senado.


No âmbito profissional, igualmente, há ainda poucas mulheres em posições de chefia e os prejuízos vão muito além disso. Uma pesquisa divulgada pela Catho, em 2019, apontou o quanto elas estão em desvantagem no mercado de trabalho devido à gravidez, visto que o número de mulheres que abandonam o emprego por conta dos filhos chega a 30%, enquanto somente 7% dos homens deixam seu trabalho pelo mesmo motivo. Noutra vertente, um relatório divulgado pela Oxfam Internacional mostrou que as mulheres são responsáveis por 75% de todo o trabalho de cuidado não remunerado no mundo.


Para agravar a situação, 21% das mulheres que engravidam perdem seus empregos quando retornam da licença-maternidade e, ainda, em pleno século 21, existem aqueles que defendem que mulheres devem ganhar menos, simplesmente porque engravidam. No Brasil contemporâneo, inclusive, elas recebem, em média, 20% menos que os homens, conforme levantamento da consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE. E, pertinente ao assunto, para 55% das participantes do nosso último estudo, não existe igualdade de gênero no país.


Outros dados podem ser acessados aqui: https://www.famivita.com.br/conteudo/estudo-dia-internacional-da-mulher-uma-reflexao-sobre-a-igualdade-de-genero-no-brasil/


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Edmilson Ferreira

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