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Preços defasados praticados por empresas são motivo de falta de carretas para obras em BRs

Por
Raimari Cardoso

O representante da Cooperativa de Veículos e Máquinas Pesadas do Estado do Acre (TRANSTERRA), Ramon Medeiros, enviou ao ac24horas pedido de resposta em nome da categoria dos transportadores a respeito da afirmação do superintendente interino do DNIT, Thiago Caetano, de que a falta de carretas no estado é uma das razões para o atraso em obras de recuperação de trechos críticos das BRs 364 e 317.


De acordo com o que Caetano afirmou ao jornal ao ser questionado sobre a situação das rodovias no estado e a previsão para a realização dos serviços, a falta dos veículos de transporte de materiais, que teriam se deslocado para o transporte da colheita de soja em Mato Grosso e Rondônia, é um dos fatores, além do período chuvoso, para o ritmo lento dos trabalhos.


Por meio de nota, Ramon Medeiros afirma que mesmo tendo havido deslocamento de carretas para a colheita da soja, a categoria está com o seu contingente a disposição das obras de recuperação das rodovias no Acre, porém, segundo ele, os preços ofertados pelas empresas que executam os serviços, estão abaixo do valor de mercado na atualidade.


O diretor da TRANSTERRA diz que esses valores são elaborados a partir das variáveis de manutenção dos equipamentos e aquisição de combustível, o que chega a superar o patamar de 70% do custo operacional.


“Enfatizamos que a categoria se sente muito prejudicada pela falta de um preço justo e real. E quando questiona as empresas para um reajuste, as mesmas alegam que os valores de contrato com o DNIT estão defasados. Infelizmente, quem sai perdendo é a população com as péssimas condições de trafegabilidade”, diz o representante.


O ac24horas voltou a falar com o superintendente interino do DNIT, que informou que a autarquia não pode entrar no mérito de preços. Segundo Thiago Caetano, os preços são padronizados seguindo normativos internos que são auditados pelos órgãos de controle.


“Além de que existe um processo licitatório. As empresas que ganham são as que ofertam os preços. Ao ofertarem o preço, elas assinam um contrato e concordam com todos os termos, emitindo, inclusive, uma declaração de que conhecem as condições do trecho”, explicou.


Quanto à informação de que estaria faltando carretas no estado, o superintendente afirmou que são as próprias empresas contratadas que levam ao DNIT essa informação. “Então, a Transterra precisa tratar com as empresas contratadas. Essa é uma questão empresarial”, concluiu.


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Raimari Cardoso

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