O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que a economia brasileira não cresceu “nada” no último ano do mandato de seu antecessor Jair Bolsonaro e voltou a dizer que seu governo tem o desafio de retomar a expansão da atividade econômica.
Lula destacou, em discurso no Palácio do Planalto, que parte do crescimento econômico será estimulada pela retomada de obras paradas no país.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 0,2% no quarto trimestre de 2022 sobre o trimestre imediatamente anterior, registrando no ano uma alta de 2,9%, depois de ter avançado 5% em 2021.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou nesta quinta que o desafio do Ministério para 2023 é reverter a desaceleração da economia brasileira.
Para Haddad, a desaceleração da economia está ligada a atual taxa de juros que, segundo o ministro, foi gerada por medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro.
“Evidente que houve uma reação do Banco Central às atitudes do governo anterior do período eleitoral, que ensejou no aumento da taxa de juros, e tudo que nós estamos fazendo agora é reverter esse quadro, para em uma eventual queda da taxa de juros, o Brasil possa retomar uma curva ascendente”, disse Haddad.
O ministro diz ainda que a pasta não trabalha com a possibilidade de recessão da economia, mas que a manutenção das taxas no atual patamar de 13,75% ao ano gera uma desaceleração da economia.
“As medidas que nós estamos tomando vem justamente ao encontro do desejo do Banco Central de reduzir as taxas de juros, para que a atividade econômica não sofra os efeitos da política monetária. Aquilo que venho dizendo desde dezembro quando fui indicado para o Ministério da Fazenda, harmonizar as políticas fiscal e monetária para que a retomada da economia brasileira não seja prejudicada”, afirmou Haddad.
*Com informações da CNN