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Empresários reclamam de abandono e cobram desativação do Centro Pop da capital

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Foto: Saimo Martins/ac24horas


Os moradores em situação de rua estão causando problemas não só aos visitantes da área central, mas também, aos moradores e comerciantes que residem e trabalham na localidade. A reportagem do ac24horas esteve em um desses locais, a tradicional praça dos Tocos, e registrou relatos que vão desde o abandono da iluminação pública como também em prejuízos no comércio – com perda de clientela e lucratividade.


Dono de um quiosque há mais de 20 anos, o empresário identificado por Manoel Lobato, dono do restaurante Madrugão, relatou que nos últimos três anos a situação dos moradores de rua vem gerando prejuízos e perdas de clientes. Segundo eles, muitos deles, são usuários de drogas e realizam assaltos nas imediações. “Uma vez teve um turista peruano que quando foi visitar a catedral acabou sendo assaltado”, lembrou.

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Além disso, o comerciante afirmou que vem amargando prejuízo estimado em mais de R$ 20 mil reais mensais. “Eu tive uma perda alta por mês, tive tempo de ter aqui mais de 7 funcionários, mas aí devido a essa situação diminuiu bastante”, comentou.


Foto: Saimo Martins/ac24horas

Outro comerciante da praça que não revelou a identidade confirmou a situação de abandono da praça pública. De acordo com relatos do homem que preferiu resguardar a identidade, parte do espaço está no escuro há anos e cobra providências do poder público. “Estou quase fechando, a perda aqui mensal passa dos R$ 5 mil. Os clientes chegam aqui e não conseguem ficar em paz com eles perturbando. As autoridades se calam diante do problema”, ressaltou.


Retirada do Centro Pop da área central

Dono de um dos restaurantes mais antigos e tradicionais de Rio Branco, o senhor Roberto da Princesinha, conversou com a reportagem e defendeu a existência do Centro Pop, mas pediu a retirada do centro da capital – como solução dos problemas dos comerciantes. “Eu sou a favor que seja mantido e montado um centro de recuperação no Centro Pop para tentar tratamento junto a essas pessoas que são dependentes químicos, mas, em uma área mais distante. O que não aceitamos é trazer o centro para o coração da capital”, declarou.


Foto: Saimo Martins/ac24horas

Na mesma linha de pensamento, o senhor Manoel também pede a retirada do centro da área e transferido para um local onde não traga transtornos aos moradores, clientes e turistas. “Esse centro deveria ser itinerante, passar um tempo em um canto, depois em outro. O que esse centro faz é só distribuir comida. Desde que comecei aqui ainda não vi uma pessoa dessa sair dessa vida, porque eles tem café da manhã, almoço, lanche e janta”, concluiu.


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