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No Acre, janeiro de 2023 tem aumento de mortes violentas em 90%

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Leônidas Badaró

O Ministério Público Estadual divulgou nesta semana o informativo de Mortes Violentas Individuais (MVI) do Acre referente ao mês de janeiro deste ano. De acordo com os números, as mortes violentas intencionais passaram de 10 em janeiro do ano passado para 19 em 2023, o que representa um aumento de 90%. A sua grande maioria é relacionada a guerra entre facções.


As informações que tem como fonte a Polícia Civil do Acre mostram que das 19 MVI, 18 foram homicídios dolosos e 1 latrocínio.


Das 19 mortes, 7 foram registradas na capital acreana. Um aumento de mais de 100%, já que em janeiro de 2022 o número foi de 3 mortes apenas. A guerra de facções neste início de ano fez com que Senador Guiomard, que não teve nenhuma MVI em janeiro do ano passado, contabilizasse 4 registros no primeiro deste ano. Também houve aumento em Tarauacá, que saltou de 0 para 3 homicídios. Em Epitaciolândia, com 2 mortes, e Brasileia com 1, também não tiveram registros de MVI no ano passado. Manoel Urbano e Feijó, com uma morte cada, completam o quadro.


O balanço mostra que houve redução em Cruzeiro do Sul, onde não foram registradas MVI em janeiro deste ano, contra 2 mortes no ano passado. Em Feijó, o número caiu de 3 para 1. Nos demais municípios não houve registro de Mortes Violentas Intencionais.


Durante todo o período de 2022, o Acre apresentou aumento de 21,1% de mortes, se comparadas ao total registrado em 2021, em boa conta por causa do acirramento da guerra de facções.


No ano passado,ocorreram 235 mortes incluídas na categoria MVI contra 194 em 2021. As MVIs levam em conta homicídios dolosos consumados, feminicídios, latrocínios, mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora de serviço, e lesões corporais com resultado morte, conforme explicou Aldo Colombo, coordenador do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do Observatório de Análise Criminal do MPAC.


No que se refere à taxa de MVI por grupo de 100 mil habitantes, a partir de 2016 o Estado do Acre passou a apresentar crescimentos expressivos que resultaram em taxas sem precedentes históricos. Especificamente em 2017, o Acre teve a segunda maior taxa dentre os Estados brasileiros.


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Leônidas Badaró

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